A Campanha da Fraternidade é uma campanha realizada anualmente pela Igreja Católica Apostólica Romana no Brasil, sempre no período da Quaresma. Seu objetivo é despertar a solidariedade dos seus fiéis e da sociedade em relação a um problema concreto que envolve a sociedade brasileira, buscando caminhos de solução. A cada ano é escolhido um tema, que define a realidade concreta a ser transformada, e um lema, que explicita em que direção se busca a transformação. A campanha é coordenada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB.
Educar para a vida em fraternidade, com base na justiça e no amor, exigências centrais do Evangelho.
Renovar a consciência da responsabilidade de todos pela ação da Igreja Católica na evangelização e na promoção humana, tendo em vista uma sociedade justa e solidária.
O gesto concreto se expressa na coleta da solidariedade, realizada no Domingo de Ramos. É realizada em âmbito nacional, em todas as comunidades cristãs católicas e ecumênicas. A destinação é a seguinte: 45% para a própria paróquia aplicar em programas de promoção humana; 35% para a Diocese aplicar na mesma finalidade; 10% para a CNBB Regional e 10% para a CNBB Nacional.
História
Esta iniciativa foi lançada, em nível nacional, no dia 26 de dezembro de 1963, sob a influência do espírito do Concílio do Vaticano II. O tempo do Concílio foi fundamental para a concepção e estruturação da Campanha da Fraternidade e da renovação eclesial. Os bispos brasileiros, reunidos em Roma e hospedados na mesma casa, começaram a arquitetar um plano de ação que pusesse em prática as determinações que receberiam então. Nesse contexto, nasceu e cresceu a Campanha da Fraternidade.
Em 20 de dezembro de 1964, os Bispos aprovaram o fundamento inicial da mesma intitulado: "Campanha da Fraternidade - Pontos Fundamentais apreciados pelo Episcopado em Roma". Em 1965, tanto Cáritas quanto Campanha da Fraternidade, que estavam vinculadas ao Secretariado Nacional de Ação Social, foram vinculadas diretamente ao Secretariado Geral da CNBB. A CNBB - passou a assumir a CF. Nesta transição, foi estabelecida a estruturação básica da CF. Em 1967, começ
ou a ser redigido um subsídio maior que os anteriores para a organização anual da CF. Nesse mesmo ano iniciaram também os encontros nacionais das Coordenações Nacional e Regionais da CF. A partir de 1971, participam deles também a Presidência e a Comissão Episcopal de Pastoral.
Em 1970, a Campanha da Fraternidade ganhou um apoio: a mensagem do Papa em rádio e televisão em sua abertura, na quarta-feira de cinzas. A mensagem papal, lida neste dia, ainda enriquece as aberturas, dando incentivo importante.
Campanhas da Fraternidade ja realizadas
Ao longo dos mais de trinta anos, podem ser destacadas as seguintes fases nos seus temas:
Primeira fase: Em busca da renovação interna da Igreja
Renovação da Igreja
1964 - tema: Igreja em Renovação/ Lema: Lembre-se: você também é Igreja
1965 - tema: Paróquia em Renovação/ Lema: Faça de sua paróquia uma Comunidade de fé, culto e amor
Renovação do Cristão
1966 - tema: Fraternidade/ Lema: Somos responsáveis uns pelos outros.
1967 - tema: Co-responsabilidade/ Lema: Somos todos iguais, somos todos irmãos.
1968 - tema: Doação/ Lema: Crer com as mãos.
1969 - tema: Descoberta/ Lema: Para o outro, o próximo é você.
1970 - tema: Participação/ Lema: Participar.
1971 - tema: Reconciliação/ Lema: Reconciliar.
1972 - tema: Serviço e Vocação/ Lema: Descubra a felicidade de servir.
Segunda fase: A Igreja Católica preocupa-se com a realidade social do povo, denunciando o pecado social e promovendo a justiça (Concílio do Vaticano II, Conferência de Medellín e Conferência de Puebla)
1973 - tema : Fraternidade e Libertação / Lema: O egoísmo escraviza, o amor liberta
1974 - tema: Reconstruir a Vida / Lema: Onde está teu irmão?
1975 - tema: Fraternidade é Repartir / Lema: Repartir o Pão
1976 - tema: Fraternidade e Comunidade / Lema: Caminhar juntos
1977 - tema: Fraternidade na Família / Lema: Comece em sua casa
1978 - tema: Fraternidade no Mundo do Trabalho/ Lema: Trabalho e justiça para todos
1979 - tema: Por um mundo mais humano / Lema: Preserve o que é de todos
1980 - tema: Fraternidade no mundo das Migrações Exigência da Eucaristia / Lema: Para onde vais?
1981 - tema: Saúde e Fraternidade / Lema: Saúde para todos
1982 - tema: Educação e Fraternidade / Lema: A verdade vos libertará
1983 - tema: Fraternidade e Violência /Lema: Fraternidade sim, violência não
1984 - tema: Fraternidade e Vida /Lema: Para que todos tenham Vida
Terceira fase: A Igreja Católica volta-se para situações existenciais do povo brasileiro:
1985 - tema: Fraternidade e fome / Lema: Pão para quem tem fome
1986 - tema: Fraternidade e terra / Lema: Terra de Deus, terra de irmãos
1987 - tema: A Fraternidade e o Menor / Lema: Quem acolhe o menor, a Mim acolhe
1988 - tema: A Fraternidade e o Negro / Lema: Ouvi o clamor deste povo!
1989 - tema: A Fraternidade e a Comunicação /Lema: Comunicação para a verdade e a paz
1990 - tema: A Fraternidade e a Mulher / Lema: Mulher e homem: imagem de Deus
1991 - tema: A Fraternidade e o Mundo do Trabalho / Lema: Solidários na dignidade do trabalho
Existem números naturais que representam os quadrados de outros números naturais. Esses números são chamados de quadrados perfeitos.
No quadro abaixo, estão alguns números e seus quadrados perfeitos.
Sendo assim: “5 elevado ao quadrado é 25, estamos nos referindo a raiz quadrada exata do número quadrado perfeito 25.
Observe: 5² = 5 . 5 = 25, então, √25=5
Obs: Nem todos os números são quadrados perfeitos, o número 45, por exemplo, não possui raiz quadrada exata, por que ele não é um número quadrado perfeito. Portanto somente os números quadrados perfeitos possuem um número natural como raiz quadrada exata.
RAIZ QUADRADA APROXIMADA
Quanto aos números que não são quadrados perfeitos, o cálculo da raiz quadrada é realizado utilizando resultados aproximados. Por exemplo, vamos verificar a raiz quadrada aproximada do número 12.
De acordo com a reta numérica, a √12 está localizada entre a raiz quadrada dos seguintes números quadrados perfeitos: 9 e 16. Dessa forma, temos que: √9 = 3 e √16 = 4. Portanto, a √12 possui como resultado, um número decimal entre 3 e 4.
Aproximação por falta utilizando duas casas decimais.
3,46 * 3,46 = 11,97
Aproximação por excesso utilizando duas casas decimais.
3,47 * 3,47 = 12,04
Temos que a √12 possui como resultado aproximado, as seguintes opções: 3,46 ou 3,47.
Exemplo 2
A √45 está localizada entre os seguintes números quadrados perfeitos: 36 e 49. Observe:
√36 = 6
√49 = 7
A √45 pertence ao intervalo entre os números: 6 e 7.
Realizando a aproximação do resultado com duas casas decimais:
Aproximação por falta
6,70 * 6,70 = 44,89
Aproximação por excesso
6,71 * 6,71 = 45,02
Temos que a √45 possui como resultado aproximado, as seguintes opções: 6,70 ou 6,71.
Para alguns números como o dois, o três, o cinco e outros, existem regras que permitem verificar a divisibilidade sem se efetuar a divisão. Essas regras são chamadas de critérios de divisibilidade.
Divisibilidade por 2
Um número natural é divisível por 2 quando ele termina em 0, ou 2, ou 4, ou 6, ou 8, ou seja, quando ele é par.
Exemplos: 1) 5040 é divisível por 2, pois termina em 0.
2) 237 não é divisível por 2, pois não é um número par.
Divisibilidade por 3
Um número é divisível por 3 quando a soma dos valores absolutos dos seus algarismos for divisível por 3.
Exemplo: 234 é divisível por 3, pois a soma de seus algarismos é igual a 2+3+4=9, e como 9 é divisível por 3, então 234 é divisível por 3.
Divisibilidade por 4
Um número é divisível por 4 quando termina em 00 ou quando o número formado pelos dois últimos algarismos da direita for divisível por 4.
Exemplo: 1800 é divisível por 4, pois termina em 00.
4116 é divisível por 4, pois 16 é divisível por 4.
1324 é divisível por 4, pois 24 é divisível por 4.
3850 não é divisível por 4, pois não termina em 00 e 50 não é divisível por 4.
Divisibilidade por 5
Um número natural é divisível por 5 quando ele termina em 0 ou 5.
Exemplos: 1) 55 é divisível por 5, pois termina em 5.
2) 90 é divisível por 5, pois termina em 0.
3) 87 não é divisível por 5, pois não termina em 0 nem em 5.
Divisibilidade por 6
Um número é divisível por 6 quando é divisível por 2 e por 3.
Exemplos: 1) 312 é divisível por 6, porque é divisível por 2 (par) e por 3 (soma: 6).
2) 5214 é divisível por 6, porque é divisível por 2 (par) e por 3 (soma: 12).
3) 716 não é divisível por 6, (é divisível por 2, mas não é divisível por 3).
4) 3405 não é divisível por 6 (é divisível por 3, mas não é divisível por 2).
Divisibilidade por 8
Um número é divisível por 8 quando termina em 000, ou quando o número formado pelos três últimos algarismos da direita for divisível por 8.
Exemplos: 1) 7000 é divisível por 8, pois termina em 000.
2) 56104 é divisível por 8, pois 104 é divisível por 8.
3) 61112 é divisível por 8, pois 112 é divisível por 8.
4) 78164 não é divisível por 8, pois 164 não é divisível por 8.
Divisibilidade por 9
Um número é divisível por 9 quando a soma dos valores absolutos dos seus algarismos for divisível por 9.
Exemplo: 2871 é divisível por 9, pois a soma de seus algarismos é igual a 2+8+7+1=18, e como 18 é divisível por 9, então 2871 é divisível por 9.
Divisibilidade por 10
Um número natural é divisível por 10 quando ele termina em 0.
Exemplos:
1) 4150 é divisível por 10, pois termina em 0.
2) 2106 não é divisível por 10, pois não termina em 0.
Divisibilidade por 11
Um número é divisível por 11 quando a diferença entre as somas dos valores absolutos dos algarismos de ordem ímpar e a dos de ordem par é divisível por 11.
O algarismo das unidades é de 1ª ordem, o das dezenas de 2ª ordem, o das centenas de 3ª ordem, e assim sucessivamente.
Exemplos:
1) 87549 Si (soma das ordens ímpares) = 9+5+8 = 22
Sp (soma das ordens pares) = 4+7 = 11
Si-Sp = 22-11 = 11
Como 11 é divisível por 11, então o número 87549 é divisível por 11.
2) 439087 Si (soma das ordens ímpares) = 7+0+3 = 10
Sp (soma das ordens pares) = 8+9+4 = 21
Si-Sp = 10-21
Como a subtração não pode ser realizada, acrescenta-se o menor múltiplo de 11 (diferente de zero) ao minuendo, para que a subtração possa ser realizada: 10+11 = 21. Então temos a subtração 21-21 = 0.
Como zero é divisível por 11, o número 439087 é divisível por 11.
Divisibilidade por 12
Um número é divisível por 12 quando é divisível por 3 e por 4.
Exemplos: 1) 720 é divisível por 12, porque é divisível por 3 (soma=9) e por 4 (dois últimos algarismos, 20).
2) 870 não é divisível por 12 (é divisível por 3, mas não é divisível por 4).
3) 340 não é divisível por 12 (é divisível por 4, mas não é divisível por 3).
Divisibilidade por 15
Um número é divisível por 15 quando é divisível por 3 e por 5.
Exemplos: 1) 105 é divisível por 15, porque é divisível por 3 (soma=6) e por 5 (termina em 5).
2) 324 não é divisível por 15 (é divisível por 3, mas não é divisível por 5).
3) 530 não é divisível por 15 (é divisível por 5, mas não é divisível por 3).
Divisibilidade por 25
Um número é divisível por 25 quando os dois algarismos finais forem 00, 25, 50 ou 75.
Exemplos: 200, 525, 850 e 975 são divisíveis por 25.
Sir Isaac Newton (Woolsthorpe, 4 de janeiro de 1643 — Londres, 31 de março de 1727) foi um cientista inglês, mais reconhecido como Físico e matemático, embora tenha sido também astrônomo, alquimista, filósofo natural e teólogo. Sua obra, Philosophiae Naturalis Principia Mathematica, é considerada uma das mais influentes em História da ciência. Publicada em 1687, esta obra descreve a lei da gravitação universal e as três leis de Newton, que fundamentaram a Mecânica Clássica.
Ao demonstrar a consistência que havia entre o sistema por si idealizado e as leis de Kepler do movimento dos planetas, foi o primeiro a demonstrar que o movimento de objetos, tanto na Terra como em outros corpos celestes, são governados pelo mesmo conjunto de leis naturais. O poder unificador e profético de suas leis era centrado na revolução científica, no avanço do heliocentrismo e na difundida noção de que a investigação racional pode revelar o funcionamento mais intrínseco da natureza.
Em uma pesquisa promovida pela renomada instituição Royal Society, Newton foi considerado o cientista que causou maior impacto na história da ciência. De personalidade sóbria, fechada e solitária, para ele, a função da ciência era descobrir leis universais e enunciá-las de forma precisa e racional.
Primeiros anos
Newton nasceu em Woolsthorpe, poucas semanas depois da morte do seu pai, provavelmente em dezembro de 1642. Sua mãe, Hannah Ayscough Newton, passou, então, a administrar a propriedade rural da família. A situação financeira era estável, e a fazenda garantia um bom rendimento. Ainda bebê, foi levado para Woolsthorpe, onde foi criado por seus avós, já que sua mãe havia casado-se novamente com um pastor, de nome Barnabas Smith. Tudo leva a crer que o jovem Isaac Newton teve uma infância muito triste e bastante solitária, pois laços afetivos entre ele e seus tios, primos, irmãos e até mesmo os avós não são encontrados como algo verdadeiro. Um ser de personalidade fechada, introspectiva e de temperamento difícil: assim era Newton, que, embora vivesse em uma época em que a tradição dizia que os homens cuidariam dos negócios de toda a família, nunca demonstrou habilidade ou interesse para esses tipos de trabalho. Por outro lado, pensa-se que ele passava horas e horas sozinho, observando as coisas e construindo objetos. Parece que o único romance de que se tem notícia na vida de Newton tenha ocorrido com uma certa senhorita Storer, embora isso não seja comprovado.
Newton e os primeiros passos na escola
Especula-se que Newton estudou latim, grego e a Bóblia. Alguns sites destacam a idéia de que era um aluno bem mediano, até que uma cena de sua vida mudou isso: uma briga com um colega de escola fez com que Newton decidisse ser o melhor aluno de classe e de todo o prédio escolar.
Universidade e resumo das suas realizações
Newton estudou no Trinity College de Cambridge, tendo-se graduado em 1665. Um dos principais precursores do Iluminismo, seu trabalho científico sofreu forte influência de seu professor e orientador Barrow (desde 1663), e de Schooten, Viète, John Wallis, Descartes, dos trabalhos de Fermat sobre retas tangentes a curvas; de Cavalieri, das concepções de Galileu Galilei e Johannes Kepler.
Em 1663, formulou o teorema hoje conhecido como Binômio de Newton. Fez suas primeiras hipóteses sobre gravitação universal e escreveu sobre séries infinitas e o que chamou de teoria das fluxões (1665), o embrião do Cálculo Diferencial e Integral. Por causa dapeste negra, o Trinity College foi fechado em 1666 e o cientista foi para casa de sua mãe em Woolsthorpe. Foi neste ano de retiro que construiu quatro de suas principais descobertas: o Teorema Binomial, o cálculo, a Lei da Gravitação Universal e a natureza das cores. Construiu o primeiro telescópio de reflexão em 1668, e foi quem primeiro observou o espectro visível que se pode obter pela decomposição da luz solar ao incidir sobre uma das faces de um prisma triangular transparente (ou outro meio de refração ou de difração), atravessando-o e projetando-se sobre um meio ou um anteparo branco, fenômeno este conhecido como Dispersão Luminosa. Optou, então, pela teoria corpuscular de propagação da luz, enunciando-a em (1675) e contrariando a teoria ondulatória de Huygens.
Tornou-se professor de matemática em Cambridge (1669) e entrou para a Royal Society (1672). Sua principal obra foi a publicação Philosophiae Naturalis Principia Mathematica (Princípios matemáticos da filosofia natural - 1687), em três volumes, na qual enunciou a lei da gravitação (Vol. 3), generalizando e ampliando as constatações de Kepler, e resumiu suas descobertas, principalmente o cálculo. Essa obra tratou essencialmente sobre física, astronomia e mecânica (leis dos movimentos, movimentos de corpos em meios resistentes, vibrações isotérmicas, velocidade do som, densidade do ar, queda dos corpos na atmosfera, pressão atmosférica, etc).
De 1687 a 1690 foi membro do Parlamento Britânico, em representação da Universidade de Cambridge. Em 1696 foi nomeado Warden of the Mint e em 1701 Master of the Mint, dois cargos burocráticos da casa da moeda britânica. Foi eleito sócio estrangeiro da Académie des Sciences em 1699 e tornou-se presidente da Royal Society em 1703. Publicou, em Cambridge, Arithmetica universalis (1707), uma espécie de livro-texto sobre identidades matemáticas, análise e geometria, possivelmente escrito muitos anos antes (talvez em 1673).
Ótica
Réplica do telescópio newtoniano
Entre 1670 e 1672 trabalhou intensamente em problemas relacionados com a ótica e a natureza da luz. Newton demonstrou, de forma clara e precisa, que a luz branca é formada por uma banda de cores (vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta) que podiam separar-se por meio de um prisma. Como resultado de muito estudo, concluiu que qualquer telescópio "refrator" sofreria de uma aberração hoje denominada "aberração cromática", que consiste na dispersão da luz em diferentes cores ao atravessar uma lente. Para evitar esse problema, Newton construiu um "telescópio refletor" (conhecido como telescópio newtoniano). Isaac Newton acreditava que existiam outros tipos de forças entre partículas, conforme diz na obra Principia. Essas partículas, capazes de agir à distância, agiam de maneira análoga à força gravitacional entre os corpos celestes. Em 1704, Isaac Newton escreveu a sua obra mais importante sobre a óptica, chamada Opticks, na qual expõe suas teorias anteriores e a natureza corpuscular da luz, assim como um estudo detalhado sobre fenômenos como refração, reflexão e dispersão da luz.
Lei da gravitação universal
Com uma lei formulada de maneira simples, Newton explicou os fenômenos físicos mais importantes do universo. A lei da gravitação universal, descoberta por Isaac Newton, tem a seguinte expressão matemática:
onde:
F - é a força, medida em N;
G - é Constante gravitacional universal, uma constante que determina a intensidade da força, G = 6,67.10 − 11Nm2 / Kg2; m1 e m2 são as massas dos corpos que se atraem entre si, medida em Kg; e
R - é a distância entre os dois corpos, medida em m;
sendo o vetor unitário que indica a direção do movimento. A Constante gravitacional universal foi medida anos mais tarde por Henry Cavendish. A descoberta da lei da gravitação universal se deu em 1685 como resultado de uma série de estudos e trabalhos iniciados muito antes. Em 1679, Robert Hooke comunicou-se, por meio de cartas com Newton e os assuntos eram sempre científicos.
A queda da maçã e a dúvida de Newton
A história mais popular é a da maçã de Newton. Se por um lado essa história seja mito, o fato é que dela surgiu uma grande oportunidade para se investigar mais sobre a Gravitação Universal. Essa história envolve muito humor e reflexão. Muitas charges sugerem que a maçã bateu realmente na cabeça de Newton, quando este se encontrava num jardim, sentado embaixo de uma macieira, e que seu impacto fez com que, de algum modo, ele ficasse ciente da força da gravidade, como se perguntasse: "por que em vez da maçã flutuar, ela caiu?". A pergunta não era se a gravidade existia, mas se se estenderia tão longe da Terra que poderia também ser a força que prende a Lua à sua órbita. Newton mostrou que se a força diminuísse com o quadrado inverso da distância, poderia então calcular corretamente o período orbital da Lua. Ele supôs ainda que a mesma força seria responsável pelo movimento orbital de outros corpos, criando assim o conceito de “gravitação universal”. O escritor contemporâneo William Stukeley e o poeta Voltaire foram duas personalidades que citaram a tal maçã de Newton em alguns de seus textos.
As três Leis de Newton (Dinâmica)
A primeira lei e a segunda lei de Newton, escritas em latim, na edição original, de 1687.
Isaac Newton publicou estas leis em 1687, no seu trabalho de três volumes intitulado Philosophiae Naturalis Principia Mathematica. As leis explicavam vários comportamentos relativos ao movimento de objetos físicos e foi um extenso trabalho no qual ele dedicou-se. A forma original na qual as leis foram escritas é a seguinte:
Lex I: Corpus omne perseverare in statu suo quiescendi vel movendi uniformiter in directum, nisi quatenus a viribus impressis cogitur statum illum mutare.
(Todo corpo continua em seu estado de repouso ou de movimento uniforme em uma linha reta, a menos que seja forçado a mudar aquele estado por forças imprimidas sobre ele.)
Lex II: Mutationem motis proportionalem esse vi motrici impressae, etfieri secundum lineam rectam qua vis illa imprimitur.
(A mudança de movimento é proporcional à força motora imprimida, e é produzida na direção da linha reta na qual aquela força é imprimida.)
Lex III: Actioni contrariam semper et aequalem esse reactionem: sine corporum duorum actiones in se mutuo semper esse aequales et in partes contrarias dirigi. (A toda ação há sempre oposta uma reação igual, ou, as ações mútuas de dois corpos um sobre o outro são sempre iguais e dirigidas a partes opostas.)
Visão religiosa
Sepultura do Newton na abadia de Westminster.
O formulador da Lei da gravitação universal teve uma aproximação com um clérigo, o seu próprio padrasto Barnabas Smith, que possuía bacharelado em Oxford. Newton possuía uma extensa biblioteca de teologia e filosofia a seu dispor, incluíam desde estudos de línguas até todos os tipos de literatura clássica e bíblica, isto deve ter vitalizado seu espírito para inspiradoras abstrações. Adquirido uma grande fama como cientista, Newton foi influenciado pela política e acabou não se ordenando clérigo, entretanto permaneceu fiel à sua crença no Universo, embora tenha comportado-se como um bom cristão anglicano e atendendo serviços na capela do Trinity Colege e, mais tarde, em Londres.Iniciou uma série de correspondências com o filósofo John Locke. Entre suas obras teológicas, destacam-se An Historical Account of Two Notable Corruption of Scriptures, Chronology of Ancient Kingdoms Atended e Observations upon the Prophecies. Algumas das coisas que ele acreditava, era o tempo, sempre igual para todos os instantes e os seis mil anos de existência que a Bíblia dá à Terra. E considerava que a Mecânica celeste era governada pela gravitação universal e, principalmente, por Deus que, segundo uma frase do próprio cientista em questão: "A maravilhosa disposição e harmonia do universo só pode ter tido origem segundo o plano de um Ser que tudo sabe e tudo pode. Isto fica sendo a minha última e mais elevada descoberta."
Pontos de vista do fim do mundo
Em um manuscrito que ele escreveu em 1704 no qual ele descreve sua tentativa de extrair informações científicas a partir da Bíblia, ele estima que o mundo não iria terminar antes de 2060.
Em Escatologia Sir Isaac Newton investiga uma parte da teologia e da filosofia preocupado com o que se acredita ser o último acontecimentos na história do mundo, ou o derradeiro destino da humanidade, vulgarmente designado o fim do mundo.
Contudo Newton escreveu muitas obras que passaria a ser classificada como estudos ocultos. Estas obras exploraram oocultismo, a cronologia, alquimia, e escritos Bíblicos propondo-lhes interpretações especialmente do Apocalipse.
Os últimos anos de vida
Estátua em sua homenagem no Trinity College.
Newton foi respeitado como nenhum outro cientista e sua obra marcou efetivamente uma revolução científica.
Seus estudos foram como chaves que abriram portas e mais portas para diversas áreas que hoje possuímos acesso com mais facilidade do que séculos atrás.
Newton, em seus últimos dias, passou por diversos problemas renais que culminaram com sua morte. No lado mais pessoal, muitos biógrafos afirmam que ele havia morrido virgem.
Na noite de 20 de março de 1727 (Calendário juliano) faleceu. Fora enterrado junto a outros célebres homens da Inglaterra na Abadia de Westminster.
Seu epitáfio foi escrito pelo poeta Alexander Pope:
"Nature and nature's laws lay hid in night; God said 'Let Newton be' and all was light" (A natureza e as leis da natureza estavam imersas em trevas; Deus disse "Haja Newton" e tudo se iluminou).
A causa provável de sua morte foram complicações relacionadas ao cálculo renal que o afligiu em seus últimos anos de vida.
O apocalipse segundo Newton
Newton provavelmente fazia muitas anotações e possuía muitos manuscritos. Em 2007, a Biblioteca Nacional de Israel divulgou três manuscritos atribuídos a Isaac Newton nos quais ele calcula a data aproximada do apocalipse:
Nestes manuscritos estão as duas passagens abaixo:
"(…)Em um dos manuscritos, datado do começo do século XVIII, Newton, por meio dos textos bíblicos do Livro de Daniel, chega à conclusão de que o mundo deve acabar por volta do ano de 2060. 'Ele pode acabar além desta data, mas não há razão para acabar antes'
(…)
Em outro documento, o cientista interpreta as profecias bíblicas que contam sobre o retorno dos judeus à Terra Prometida antes do final do mundo. Segundo ele, se verá 'a ruína das nações más, o fim do choro e de todos os problemas, e o retorno dos judeus ao seu próspero reino.
(…)"
Obras publicadas
Method of Fluxions (1671)
Philosophiae Naturalis Principia Mathematica (1687)
Opticks (1704)
Arithmetica Universalis (1707)
Também escreveu sobre os ramos da química, da alquimia, da cronologia e da teologia. Também sobre escoamento em canais, velocidade de ondas superficiais e o deslocamento do som no ar.
Fonte: Wikipédia - a enciclopédia
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Nascido na cidade italiana de Pisa, em 15 de fevereiro de 1564, foi um dos maiores nomes da Ciência moderna.
Filho de Vicenzo Galilei, músico nobre da cidade. Desde cedo, era excelente estudante. Quando sua família se mudou para a cidade de Florença, em 1574, Galileu passou a estudar em uma cidade vizinha, onde era educado por monges do mosteiro de Camaldolense.
Sete anos depois, voltou à sua cidade natal, para estudar Medicina, segundo o desejo do pai. No entanto, era desinteressado, e gastava seu tempo fazendo experimentos com balas de canhão, soltadas de tábuas de diferentes inclinações e observava onde paravam. Usando das mesmas balas, fez experimentos e cálculos, que o levou a descobrir que o alcance máximo da bala era obtido ao lançar a mesma a 45 graus com a horizontal. Foi nessa época que descobriu como fazer a balança hidrostática (invenção que, mais tarde, iria dar origem ao relógio de pêndulo, a partir da lei do isocronismo), a partir de observações na oscilação de um lustre da igreja de Pisa. O interesse na Física (Ciência considerada de sonhadores, na época) e na Matemática o levou a largar a Medicina (em 1585) para dar palestras na Academia de Florença por alguns anos. Nessa época, passava muito de seu tempo tentando imaginar explicações matemáticas para o movimento de corpos.
Por volta de 1600, Galileu construiu seu próprio telescópio, a partir de meras descrições. Seu mérito, porém, foi apontá-lo para o céu. Isso fez com que ele descobrisse muitas coisas novas. De fato, descobriu tanto que escreveu e publicou o Siderado Nuncius (o Mensageiro das Estrelas).
Em 1533, o matemático e astrônomo polonês Nicolau Copérnico havia publicado uma grande obra que defendia a teoria que a Terra se move em torno do Sol. A teoria foi defendida e desenvolvida por Galileu e seu contemporâneo Johannes Kepler, que descreveu a trajetória elíptica dos planetas. Galileu, ao afirmar que a teoria de Copérnico era correta (negando os ensinamentos de Ptolomeu e Aristóteles, considerados, pela Igreja, como verdade absoluta), foi intimado a não divulgar suas idéias. Mas, de volta a Florença, publicou (em 1632) todas as provas da verdade do sistema. Publicou também os Diálogos, que criticavam os pensamentos da Igreja. Tratava-se de uma obra onde haviam três érsonagens: Salviati, defensor de Copérnico; Sagredo, um observador neutro; e Simplicius, defensor de Aristóteles e Ptolomeu. No decorrer da obra, Salviati mostra que Simplicius não nada mais que um idiota, no que Sagredo concorda. Em 1633, teve de negar suas crenças perante a Inquisição. Ao sair do tribunal, disse uma frase célebre: "Epur si Muove!", traduzindo, "e com tudo ela se move".
Galileu morreu em 8 de Janeiro de 1642. Foi enterrado na Capela de Santa Croce, em Florença.
Principais Realizações
Telescópio
Os primeiros telescópio surgiram na Holanda, por volta de 1600 e logo se espalharam por toda a Europa. Galileu construiu seu próprio telescópio sem ter nunca visto um antes. Bastou-lhe a descrição do instrumento do instrumento que aparecera em Veneza. O primeiro tinha o aumento de 9X, o aumento do segundo era da 30X e era superior à qualquer outro existente até então.
O grande mérito de Galileu foi apontar seu telescópio para o céu. Descobriu tantas coisas novas que em poucos meses escreveu e publicou Sidereus Nuncius uma obra de apenas 24 páginas extraordinariamente rico em em revelações.
Em novas observações, voltou seu telescópio para a Via Láctea e chegou à conclusão (certa) de que a pálida névoa luminosa era composta de milhares de estrelas. Galileu também observou em 1610 que Júpiter tinha quatro satélites luminosos, chamou esses satélites de Estrelas dos Médices, em homenagem à família Médices, que governava a Toscana, onde nascera. Neste mesmo ano Galileu constatou a forma peculiar de Saturno, cujos anéis foram identificados vários anos depois por Christian Huygêns.
Galileu também observou que a Lua não era como se pensava, uma esfera lisa com luz própria. Observou que sua superfície era marcada por vales e montanhas e que sua luz era refletida.
Lei do Pêndulo
Em uma cerimônia na Catedral de Pisa, Galileu observou um lustre que oscilava no teto. Controlando o tempo pelos seus batimentos cardíacos verificou que o intervalo entre cada oscilação era sempre o mesmo, não importando a amplitude do movimento. Repetiu a experiência mais vezes, e sugeriu que essa característica do pêndulo tornaria o relógio mais preciso.
Quando penduramos um objeto numa corda fixa e o puxamos ligeiramente, o objeto fica balançando para cima e para baixo. Chamamos a estes movimentos oscilações ou vibrações em que um objeto se move repetidamente.
Quando um peso é suspenso numa corda e é puxado para um lado ficará a balançar de um lado para o outro de um modo regular. Este movimento é também uma oscilação, chamado de pêndulo. Pode ser um método de marcar o tempo porque suas oscilações são regulares, pois não perde praticamente nenhuma energia na forma de calor . A freqüência, que é o número de vezes que um determinado pêndulo oscila em cada segundo, é constante desde que a oscilação seja pequena.
Posted by EEF Dom Helio Campos
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O Triunfo - filme
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O filme O Triunfo (2006) relata os desafios epistemológicos, sociais, estruturais e até ecológicos da relação professor-aluno. O filme é baseado na vida de Ron Clark (1994), um professor bem sucedido na Carolina do Norte (EUA), que parte para novos desafios e vai dar aulas no Harlem, em Nova York, Estados Unidos. A primeira barreira que o professor tem que vencer é a disputa pelo cargo, que, conforme vemos no filme, não é fácil e deixa a muitos pelo meio do caminho. Trazendo para a nossa realidade, lutar contra as regras do diretor e as normas da instituição, nem sempre as mais pedagógicas, é outra árdua batalha que professores e professoras enfrentam no seu dia-a-dia. Depois as resistências dos próprios alunos, que, muitas vezes, não possuem noções de limites, direitos e deveres, nem de ecologia humana.
A cena inicial do filme mostra Ron Clark em seu primeiro dia de aula tirando um garoto do cesto de lixo, castigo que recebera por ser "incapaz de aprender". Clark apresenta-se, diz seu nome e demonstra que ela é capaz de aprender pedindo-a para repetir seu nome. Todos nós precisamos de motivação e o aprendizado deve ser o mais aproximado possível da "realidade" ou do "sonho" de cada um, de cada uma. A cada vitória um reconhecimento. Isso ajuda a elevar a auto-estima. A "vibração" é muito importante no trabalho educativo. É preciso saber respeitar a individualidade e aproveitar o potencial de cada aluno ou aluna. "A melhor avaliação é a presença do aluno na sala de aula". É necessário também saber mesclar as doses certas de "amor, afetividade e autoridade". Fica claro que o processo ensino-aprendizagem exige "tempo e disponibilidade". Não é correndo de uma sala para outra ou de uma escola para outra que se consegue fazer um bom ensino. E isso requer uma mudança de paradigmas não apenas de professores, mas também das instituições e uma renovação dos currículos.
O Triunfo (dados / ficha técnica) (The Ron Clark Story, 2006)
» Direção: Randa Haines » Roteiro: Annie de Young, Max Enscoe » Gênero: Drama » Origem: Estados Unidos » Duração: 120 minutos » Tipo: Direto para TV » Site:clique aqui
» Sinopse: Matthew Perry é um jovem professor impaciente, porém talentoso, que deixa sua casa na zona rural da Carolina do Norte para se aventurar a dar aulas nas escolas de Nova York. Enquanto luta para manter seu otimismo ao se defrontar com um obstáculo após o outro, ele desistirá de tudo para retornar à sua casa com os rabos entre as pernas, ou realizará sua ambição e transformará o futuro de alguns dos mais difíceis e vulneráveis garotos da cidade?
Ferramenta indispensável nas salas de séries iniciais, o alfabeto ajuda as crianças a tirar dúvidas sobre a grafia das letras com autonomia
Pendurado na parede desde o primeiro dia de aula, ele ocupa uma posição central na classe - de preferência, acima do quadro, no campo de visão de todos os alunos. Material de apoio precioso para um ambiente alfabetizador na Educação Infantil e nas séries iniciais do Ensino Fundamental, é a ele que os pequenos recorrem quando querem encontrar uma letra e saber como grafá-la. Se sabem que "gato" se escreve com G, mas esqueceram o jeitão dele, é só caminhar pela sequência de letras até encontrá-lo. Se na hora de escrever "mar" bater a dúvida de quantas perninhas tem o M, a resposta também está lá. O alfabeto da classe é um companheiro permanente para quem ensaia os primeiros passos no universo da escrita.
Não espanta o consenso de que um alfabeto, organizado em cartazes ou painéis de tamanho razoável, deve estar presente em toda - sim, em toda - sala de alfabetização inicial. Afinal, ele é um precioso instrumento de consulta para as situações de escrita, uma das quatro situações didáticas mais importantes nesse processo (as outras três são a leitura pelo professor, a leitura pelo aluno e a produção oral com destino escrito, quando o professor atua como escriba). Se você leciona para pré-escola, 1º ou 2º ano, precisa dominar essas práticas. Uma excelente chance para conhecer esses e outros procedimentos essenciais para o letramento é a edição especial NOVA ESCOLA Alfabetização (leia o quadro "Um raio X da alfabetização"). Para que o alfabeto realmente ajude na compreensão do funcionamento da escrita, é preciso saber usá-lo. Isoladamente, ele não é nada além de uma lista de letras. Apenas mandar a garotada ler a sequência de A a Z não faz ninguém avançar na alfabetização. "Memorizar a ordem das letras é importante, mas esse saber deve ser acionado pelas crianças durante atividades de reflexão sobre a escrita", afirma Clélia Cortez, formadora do Instituto Avisa Lá, em São Paulo.
Responder aos dois principais problemas da alfabetização
Uma oportunidade de fazer isso é trabalhar com a construção de agendas telefônicas. Nessa tarefa, a utilidade da ordem das letras fica clara: ela serve para tornar a busca de nomes mais rápida e precisa. A proposta foi adotada pela professora Janine Caldeira Veiga, da EM Atenas, no Rio de Janeiro. No caso de Janine, a confecção das agendas fez parte de um projeto amplo, que teve o alfabeto como aliado em todas as etapas. "Ele ajudou a turma do 2º ano a conferir a grafia e a pronunciar o nome das letras ou como apoio à memória para saber qual a posição de uma delas na sequência", diz. De fato, o instrumento é útil durante todo o início da alfabetização, ajudando a responder aos dois principais problemas de quem está entrando no processo. O primeiro - o que, exatamente, a escrita representa? - mobiliza sobretudo as crianças na fase pré-silábica, em que elas ainda não entendem que a escrita é uma representação da fala. Nessa fase, enfatizar a diferença entre desenhar e escrever é fundamental. Você pode usar o alfabeto para apresentar as letras que compõem a escrita, colaborando para distingui-las dos números e de outros símbolos. O segundo desafio - como se organiza a escrita? - pode ser enfrentado quando alguma palavra apresentar falta de letras. Por exemplo, se um aluno escreve "AO" para representar "pato", provoque uma reflexão e questione:
- Me indique no alfabeto com que letra começa "pato".
- Está ali. É o P, de Paula.
- Isso mesmo. Agora olhe o que você escreveu: "AO". Onde a gente pode colocar o P na sua escrita?
Outra dúvida comum diz respeito à grafia das letras. A forma do G é uma das mais problemáticas. Para desenvolver a autonomia, incentive a criança a procurar a letra pela recitação do alfabeto.
O alfabeto deve ter letras de imprensa, sem decorações
Atenção, porém, antes de produzir o alfabeto da classe. Ainda são muito comuns os modelos que trazem as letras de A a Z decoradas, com figuras cuja inicial é a letra em questão. Assim, o B, por exemplo, vem adornado por uma asa de borboleta, com um contorno que se mistura ao da letra. Não é o ideal, pois a associação com desenhos confunde a criança. "Nessa fase inicial de aprendizado, ela imita a escrita e ainda não consegue determinar com clareza o que é central e o que é periférico, o que realmente faz parte da letra e o que é somente um enfeite. Por isso, qualquer elemento supérfluo acaba sendo reproduzido", argumenta Regina Scarpa, coordenadora pedagógica de NOVA ESCOLA. O melhor é que o alfabeto seja composto de letras de imprensa maiúsculas, de contornos mais limpos e claramente identificáveis quando reunidos em palavras. Depois que os pequenos já entenderam o que a escrita representa e como ela se organiza, aí, sim, você deve mostrar outros tipos de letra, como a de imprensa minúscula (o que vai ampliar a compreensão de livros, jornais, revistas e outros materiais impressos) e a cursiva maiúscula e minúscula (facilitando o contato com notas e bilhetes manuscritos e produções escolares). Novamente, essa etapa também pode se beneficiar da colaboração de um alfabeto pendurado na parede - dessa vez, um modelo um pouco mais sofisticado, com a letra maiúscula em destaque e os outros quatro tipos correspondentes logo abaixo.
É papel do diretor gerir a equipe na condução do famoso PPP. Veja aqui respostas para as dúvidas frequentes nesse processo
Desde a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), em 1996, toda escola precisa ter um projeto político pedagógico (o PPP, ou simplesmente projeto pedagógico). Esse documento deve explicitar as características que gestores, professores, funcionários, pais e alunos pretendem construir na unidade e qual formação querem para quem ali estuda. Tudo preto no branco. Elaborar um plano pode ajudar a equipe escolar e a comunidade a enxergar como transformar sua realidade cotidiana em algo melhor. A outra possibilidade - que costuma ser bem mais comum do que o desejado - é que sua elaboração não signifique nada além de um papel guardado na gaveta. Se bem formatado, porém, o próprio processo de construção do documento gera mudanças no modo de agir. Quando todos enxergam de forma clara qual é o foco de trabalho da instituição e participam de seu processo de determinação, viram verdadeiros parceiros da gestão. O processo de elaboração e implantação do projeto pedagógico é complexo e dúvidas sempre aparecem no caminho. A seguir, respondemos às oito perguntas mais comuns nesse percurso. Nos dois quadros, você encontra exemplos de unidades em que seu desenvolvimento representou um salto de qualidade. Assim, fica mais fácil checar como andam seus conhecimentos sobre o assunto e rever o projeto pedagógico de sua escola.
1. Em que contexto histórico surgiu o projeto pedagógico? Na década de 1980, o mundo mergulhou numa crise de organização institucional, quando se passou a questionar o modelo de Estado intervencionista - que determinava o funcionamento de todos os órgãos públicos, inclusive a escola. Nesse contexto internacional, o Brasil vivia o movimento de democratização, após um longo período de ditadura. A centralização e a planificação típicas do governo militar passaram a ser criticadas e, na elaboração da Constituição de 1988, o Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública (que congregava entidades sindicais, acadêmicas e da sociedade civil) foi um dos grandes batalhadores pela "gestão democrática do ensino público", um conceito que pretendia oferecer uma alternativa ao planejamento centralizador estatal. Outro aspecto importante é que nessa mesma época a escola brasileira passou a incluir em seus bancos populações antes excluídas do sistema público de ensino. Ela ficou, assim, mais diversa e teve de adequar suas práticas à nova realidade. A instituição de um projeto pedagógico surgiu como um importante instrumento para fazer isso.
2. Qual é a relação do global e do local com o plano? No modelo vigente durante a ditadura, o que era permitido aos professores ensinar (e aos alunos aprender) ao longo do processo de escolarização era decidido quase exclusivamente pelo governo militar. A Educação era toda organizada com base em determinações do poder central. Assim, os conteúdos eram tratados de maneira hegemônica e as instâncias locais (ou seja, as próprias escolas) ficavam numa posição de "passividade" diante dessas imposições. Com a instituição do projeto pedagógico, na Constituição de 1988, a realidade local passou a funcionar como "chave de entrada" para a abordagem de temas e conteúdos propostos no currículo - justamente por serem relevantes na atualidade. O plano, por outro lado, deve prever que a escola conecte seus alunos com as discussões globais, re-encontrando sua importância cultural na comunidade.
3. O que o bom projeto pedagógico deve conter? Alguns aspectos básicos devem estar presentes na elaboração do projeto pedagógico de qualquer escola. Antes de mais nada, é preciso que todos conheçam bem a realidade da comunidade em que se inserem para, em seguida, estabelecer o plano de intenções - um pano de fundo para o desenvolvimento da proposta. Na prática, a comunidade escolar deve começar respondendo à seguinte questão: por que e para que existe esse espaço educativo? Uma vez que isso esteja claro para todos, é preciso olhar para os outros três braços do projeto. São eles: - A proposta curricular - Estabelecer o que e como se ensina, as formas de avaliação da aprendizagem, a organização do tempo e o uso do espaço na escola, entre outros pontos. - A formação dos professores - A maneira como a equipe vai se organizar para cumprir as necessidades originadas pelas intenções educativas. - A gestão administrativa - Que tem como função principal viabilizar o que for necessário para que os demais pontos funcionem dentro da construção da "escola que se quer". Assim, é importante que o projeto preveja aspectos relativos aos valores que se deseja instituir na escola, ao currículo e à organização, relacionando o que se propõe na teoria com a forma de fazê-lo na prática - sem esquecer, é claro, de prever os prazos para tal. Além disso, um mecanismo de avaliação de processos tem de ser criado, revendo as estratégias estabelecidas para uma eventual re-elaboração de metas e ideais. Indo além, o projeto tem como desafio transformar o papel da escola na comunidade. Em vez de só atender às demandas da população - sejam elas atitudinais ou conteudistas - e aos preceitos e às metas de aprendizagem colocados pelo governo, ela passa a sugerir aos alunos uma maneira de "ler" o mundo.
4. Quem deve elaborá-lo e como deve ser conduzido o processo? A elaboração do projeto pedagógico deve ser pautada em estratégias que deem voz a todos os atores da comunidade escolar: funcionários, pais, professores e alunos. Essa mobilização é tarefa, por excelência, do diretor. Mas não existe uma única forma de orientar esse processo. Ele pode se dar no âmbito do Conselho Escolar, em que os diferentes segmentos da comunidade estão representados, e também pode ser conduzido de outras maneiras - como a participação individual, grupal ou plenária. A finalização do documento também pode ocorrer de forma democrática - mas é fundamental que um grupo especialista nas questões pedagógicas se responsabilize pela redação final para oferecer um padrão de qualidade às propostas. É importante garantir que o projeto tenha objetivos pontuais e estabeleça metas permanentes para médio e longo prazos (esses itens devem ser decididos com muito cuidado, já que precisam ser válidos por mais tempo).
5. O projeto pedagógico deve ser revisado? Em que momento? Sim, ele deve ser revisto anualmente ou mesmo antes desse período, se a comunidade escolar sentir tal necessidade. É importante fazer uma avaliação periódica das metas e dos prazos para ajustá-los conforme o resultado obtido pelos estudantes — que pode ficar além ou aquém do previsto. As estratégias utilizadas para promover a aprendizagem fracassaram? Os tempos foram curtos ou inadequados à realidade local? É possível ser mais ambicioso no que diz respeito às metas de aprendizagem? A revisão é importante também para fazer um diagnóstico de como a instituição está avançando no processo de transformação da realidade. Além disso, o plano deve passar a incluir os conhecimentos adquiridos nas formações permanentes, revendo as concepções anteriores e, quando for o caso, modificando-as.
6. Como atuar ao longo de sua elaboração e prática? O diretor deve garantir que o processo de criação do projeto pedagógico seja democrático, da elaboração à implementação, prevendo espaço para seu questionamento por parte da comunidade escolar. O gestor é a figura que articula os diferentes braços operacionais e conceituais em relação ao plano de intenções, a base conceitual do documento. É quem deve antecipar os recursos a serem mobilizados para alcançar o objetivo comum. Para sua implantação, ele também cuida para que projetos institucionais que se estendam a toda a comunidade escolar - como incentivo à leitura ou à proteção ambiental - não se percam com a chegada de novos planos, mantendo o foco nos objetivos mais amplos previstos anteriormente. Além disso, é ele quem garante que haja a homologia nos processos, ou seja, que os preceitos abordados no "plano de intenções" não se deem só na relação professor/aluno, mas se estendam a todas as áreas. Por exemplo: se ficou combinado que a troca de informações entre pares colabora para o processo de aprendizagem e é positiva como um todo, a organização dos espaços da escola deve propiciar as interações, a relação com os pais tem de valorizar o encontro entre eles, as propostas pedagógicas precisam prever discussões em grupo etc.
7. O projeto pedagógico precisa conter questões atitudinais? Sim, há uma função socializadora inerente à escola e ela é difusora de valores e atitudes, quer tenhamos consciência disso, quer não. As instituições de ensino não são entidades alheias às dinâmicas sociais e é importante que tenham propostas em relação aos temas relevantes também do lado de fora de seus muros - já que eles se reproduzem, em maior ou menor escala, em seu interior. O que não se pode determinar no projeto pedagógico são respostas a essas perguntas, que a própria sociedade se coloca. Como resolver a questão da violência, da gravidez precoce, do consumismo, das drogas, do preconceito? Diferentemente do que propunha o modelo do Estado centralizador, não há uma só resposta para cada uma dessas perguntas. O maior valor a trabalhar nas escolas talvez seja o de desenvolver uma postura atenta e crítica.
8. Quais são as maiores dificuldades na montagem do projeto? É muito comum que o plano de intenções - que deve ser o objetivo maior e o guia de todo o resto - não fique claro para os participantes e que isso só se perceba no decorrer de seu processo de implantação. Outro aspecto frequente é que os meios e as estratégias para chegar aos objetivos do projeto pedagógico se confundam com ele mesmo - por exemplo, que a pontualidade nas reuniões ganhe mais importância e gere mais discussões do que o próprio andamento desses encontros. Um processo democrático traz situações de divergência para dentro da escola: os atores têm diferentes compreensões sobre o que é de interesse coletivo. Por isso, é preciso estabelecer um ambiente de respeito para dialogar e chegar a pontos de acordo na comunidade. Outro ponto que gera problemas é a confusão com o Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE) - documento que guia municípios e instituições a desenvolver objetivos e estratégias para melhorar o acesso, a permanência e os índices de aprendizagem das crianças.
A Campanha da Fraternidade (CF), realizada todos os anos pela CNBB, teve início em 1964 com temas que diziam respeito apenas à Igreja. A partir de 1973, a CF começou a mostrar uma maior preocupação com a realidade social do povo brasileiro e os temas começaram a dar destaque a promoção da Justiça e a situações existenciais do povo brasileiro como a realidade sócio-econômico-política, marcada pela injustiça, pela exclusão e por altos índices de miséria.
De acordo com o Padre Toffoli, uma das motivações para que o tema da CF de 2009 seja a Segurança Pública foram os constantes pedidos feitos pela Pastoral Carcerária, organismo pertencente à CNBB que cuida da evangelização em unidades prisionais de todo o país. Além da Pastoral Carcerária, as dioceses e as regionais da Conferência por todo o país também solicitaram a adoção desse tema.
A CF é especialmente manifestada na evangelização libertadora, clama a renovar a vida da Igreja a transformar a sociedade, a partir de temas específicos, tratados à luz do Projeto de Deus.
Meio para viver os três elementos fundamentais da espiritualidade quaresmal:
- Oração
- Jejum
- Esmola
Objetivo Geral
Suscitar o debate sobre a segurança pública e contribuir para a promoção da cultura da paz nas pessoas, na família, na comunidade e na sociedade, a fim de que todos se empenhem efetivamente na construção da justiça social que seja garantia de segurança para todos
Objetivos Permanentes:
- Despertar o espírito comunitário e cristão no povo de Deus, comprometendo os cristãos na busca do bem comum;
- Educar para a vida em fraternidade, a partir da justiça e do amor, exigência central do Evangelho;
- Renovar a consciência da responsabilidade, de todos, na Evangelização, na promoção humana, em vista de uma sociedade justa(Justiça e Inclusão social) e solidária.
Objetivos Específicos:
-Desenvolver nas pessoas a capacidade de reconhecer a violência na sua realidade pessoal e social, a fim de que possam se sensibilizar e se mobilizar, assumindo sua responsabilidade pessoal no que diz respeito ao problema da violência e à promoção da cultura da paz
- Denunciar a gravidade dos crimes contra a ética, a economia e as gestões públicas, assim como a injustiça presente nos institutos da prisão especial, do foro privilegiado e da imunidade parlamentar para crimes comuns
- Fortalecer a ação educativa e evangelizadora, objetivando a construção da cultura da paz, a conscientização sobre a negação de direitos como causa da violência e o rompimento com as visões de guerra, as quais erigem a violência como solução para a violência
- Denunciar a predominância do modelo punitivo presente no sistema penal brasileiro, expressão de mera vingança, a fim de incorporar ações educativas, penas alternativas e fóruns de mediação de conflitos que visem à superação dos problemas e à aplicação da justiça restaurativa
- Favorecer a criação e a articulação de redes sociais populares e de políticas públicas com vistas à superação da violência e de suas causas e à difusão da cultura da paz
- Desenvolver ações que visem à superação das causas e dos fatores da insegurança
- Despertar o agir solidário para com as vítimas da violência
- Apoiar as políticas governamentais valorizadoras dos direitos humanos
Oração Campanha da Fraternidade 2009
Bom é louvar-vos, Senhor, nosso Deus, que nos abrigais à sombra de vossas asas, defendeis e protegeis a todos nós, vossa família, como uma mãe, que cuida e guarda seus filhos.
Nesse tempo em que nos chamais à conversão, à esmola, ao jejum, à oração e à penitência, pedimos perdão pela violência e pelo ódio que geram medo e insegurança. Senhor, que a vossa graça venha até nós e transforme nosso coração.
Abençoai a vossa Igreja e o vosso povo, para que a Campanha da Fraternidade seja um forte instrumento de conversão. Sejam criadas as condições necessárias para que todos vivamos em segurança, na paz e na justiça que desejais.
Amém.
Música da Campanha da Fraternidade 2009
1. Ó povo meu, chegou a mim o teu lamento, Conheço o medo e a insegurança em que estás. Eu venho a ti, sou tua força e teu alento. Vou te mostrar caminho novo para a paz
Refr.: Onde pões tua confiança? Segurança, quem te traz? É o amor que tudo alcança; Só a justiça gera a paz!
2. Quando o direito habitar a tua casa, Quando a justiça se sentar à tua mesa, A segurança há de brincar em tuas praças; Enfim, a paz demonstrará sua beleza
3. A segurança é vida plena para todos: Trabalho digno, moradia, educação; É ter saúde e os direitos respeitados; É construir fraternidade, é ser irmão.
4. É vão punir sem superar desigualdades; É ilusão só exigir sem antes dar. Só na justiça encontrarás tranquilidade; Não-violência é o jeito novo de lutar.
5. É como teia de aranha, a segurança (Jó 8,14) De quem confia só nas armas, no poder. Não é violência, não são grades ou vingança Que irão fazer paz e justiça florescer.
6. Eu desposei-te no direito e na justiça; Com grande amor e com ternura te escolhi. (Os 2,18) Como aceitar o desrespeito, a injustiça, A intolerância e o desamor que vêm de ti?!
Escola de Ensino Fundamental, localizada no bairro N. Sra. das Graças (Pirambu), em Fortaleza - Ceará - Brasil. Mantida pela Secretaria da Educação do Estado do Ceará.