Nascido na cidade italiana de Pisa, em 15 de fevereiro de 1564, foi um dos maiores nomes da Ciência moderna.
Filho de Vicenzo Galilei, músico nobre da cidade. Desde cedo, era excelente estudante. Quando sua família se mudou para a cidade de Florença, em 1574, Galileu passou a estudar em uma cidade vizinha, onde era educado por monges do mosteiro de Camaldolense.
Sete anos depois, voltou à sua cidade natal, para estudar Medicina, segundo o desejo do pai. No entanto, era desinteressado, e gastava seu tempo fazendo experimentos com balas de canhão, soltadas de tábuas de diferentes inclinações e observava onde paravam. Usando das mesmas balas, fez experimentos e cálculos, que o levou a descobrir que o alcance máximo da bala era obtido ao lançar a mesma a 45 graus com a horizontal. Foi nessa época que descobriu como fazer a balança hidrostática (invenção que, mais tarde, iria dar origem ao relógio de pêndulo, a partir da lei do isocronismo), a partir de observações na oscilação de um lustre da igreja de Pisa. O interesse na Física (Ciência considerada de sonhadores, na época) e na Matemática o levou a largar a Medicina (em 1585) para dar palestras na Academia de Florença por alguns anos. Nessa época, passava muito de seu tempo tentando imaginar explicações matemáticas para o movimento de corpos.
Por volta de 1600, Galileu construiu seu próprio telescópio, a partir de meras descrições. Seu mérito, porém, foi apontá-lo para o céu. Isso fez com que ele descobrisse muitas coisas novas. De fato, descobriu tanto que escreveu e publicou o Siderado Nuncius (o Mensageiro das Estrelas).
Em 1533, o matemático e astrônomo polonês Nicolau Copérnico havia publicado uma grande obra que defendia a teoria que a Terra se move em torno do Sol. A teoria foi defendida e desenvolvida por Galileu e seu contemporâneo Johannes Kepler, que descreveu a trajetória elíptica dos planetas. Galileu, ao afirmar que a teoria de Copérnico era correta (negando os ensinamentos de Ptolomeu e Aristóteles, considerados, pela Igreja, como verdade absoluta), foi intimado a não divulgar suas idéias. Mas, de volta a Florença, publicou (em 1632) todas as provas da verdade do sistema. Publicou também os Diálogos, que criticavam os pensamentos da Igreja. Tratava-se de uma obra onde haviam três érsonagens: Salviati, defensor de Copérnico; Sagredo, um observador neutro; e Simplicius, defensor de Aristóteles e Ptolomeu. No decorrer da obra, Salviati mostra que Simplicius não nada mais que um idiota, no que Sagredo concorda. Em 1633, teve de negar suas crenças perante a Inquisição. Ao sair do tribunal, disse uma frase célebre: "Epur si Muove!", traduzindo, "e com tudo ela se move".
Galileu morreu em 8 de Janeiro de 1642. Foi enterrado na Capela de Santa Croce, em Florença.
Principais Realizações
Telescópio
Os primeiros telescópio surgiram na Holanda, por volta de 1600 e logo se espalharam por toda a Europa. Galileu construiu seu próprio telescópio sem ter nunca visto um antes. Bastou-lhe a descrição do instrumento do instrumento que aparecera em Veneza. O primeiro tinha o aumento de 9X, o aumento do segundo era da 30X e era superior à qualquer outro existente até então.
O grande mérito de Galileu foi apontar seu telescópio para o céu. Descobriu tantas coisas novas que em poucos meses escreveu e publicou Sidereus Nuncius uma obra de apenas 24 páginas extraordinariamente rico em em revelações.
Em novas observações, voltou seu telescópio para a Via Láctea e chegou à conclusão (certa) de que a pálida névoa luminosa era composta de milhares de estrelas. Galileu também observou em 1610 que Júpiter tinha quatro satélites luminosos, chamou esses satélites de Estrelas dos Médices, em homenagem à família Médices, que governava a Toscana, onde nascera. Neste mesmo ano Galileu constatou a forma peculiar de Saturno, cujos anéis foram identificados vários anos depois por Christian Huygêns.
Galileu também observou que a Lua não era como se pensava, uma esfera lisa com luz própria. Observou que sua superfície era marcada por vales e montanhas e que sua luz era refletida.
Lei do Pêndulo
Em uma cerimônia na Catedral de Pisa, Galileu observou um lustre que oscilava no teto. Controlando o tempo pelos seus batimentos cardíacos verificou que o intervalo entre cada oscilação era sempre o mesmo, não importando a amplitude do movimento. Repetiu a experiência mais vezes, e sugeriu que essa característica do pêndulo tornaria o relógio mais preciso.
Quando penduramos um objeto numa corda fixa e o puxamos ligeiramente, o objeto fica balançando para cima e para baixo. Chamamos a estes movimentos oscilações ou vibrações em que um objeto se move repetidamente.
Quando um peso é suspenso numa corda e é puxado para um lado ficará a balançar de um lado para o outro de um modo regular. Este movimento é também uma oscilação, chamado de pêndulo. Pode ser um método de marcar o tempo porque suas oscilações são regulares, pois não perde praticamente nenhuma energia na forma de calor . A freqüência, que é o número de vezes que um determinado pêndulo oscila em cada segundo, é constante desde que a oscilação seja pequena.
Fonte: http://www.coladaweb.com/fisica/galileu_galilei.htm
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