Sítio da Pedra Pintada
Arqueóloga descobre no Pará gruta habitada há 11.200 anos e revoluciona a teoria da ocupação humana na América.Este pedaço triangular de quartzo lascado, com cinco centímetros de comprimento, está reformulando a história do povoamento do continente americano. Até a descoberta desta peça, arqueólogos americanos tinham como certo que, há 13 mil anos, bandos pré-históricos vindos da Sibéria entraram no Alasca cruzando uma ponte de gelo sobre o Estreito de Bering. Nos milênios seguintes, povoaram toda a América do Norte e em seguida cruzaram o Istmo do Panamá, chegando à América do Sul há 10 mil anos. Toda esta teoria, construída na década de 30 e comprovada por sucessivas descobertas arqueológicas, começou a ruir .
Num artigo de capa para a revista Science, a arqueóloga Anna Roosevelt, bisneta do ex-presidente americano Theodore Roosevelt e sobrinha-neta do também presidente Franklin Delano Roosevelt, relata o resultado de uma pesquisa revolucionária. O primeiro homem do continente americano era brasileiro. Ele viveu há 11.200 anos em um conjunto de cavernas nas serras de Ererê e Paytuna, a 45 km da cidade de Monte Alegre, no Pará, margem superior do Rio Amazonas. Entre 1991 e 1992, Anna Roosevelt, 49 anos, chefiou uma equipe internacional que escavou a Caverna da Pedra Pintada e mais 14 sítios arqueológicos da região. Neste período, ela recolheu 14 pontas de lanças e flechas em pedra lascada esculpidas pela tribo da Pedra Pintada, bem como restos ca rbonizados de alimentos e amostras de fezes humanas. Levados aos Estados Unidos e à Suíça para testes com o Carbono 14 (método empregado por arqueólogos para determinar a idade de materiais pré-históricos), comprovou-se que a tribo que produziu estas peças viveu no Brasil de 11.200 anos atrás. Na pior das hipóteses, o povo da Pedra Pintada foi contemporâneo dos seres humanos que ocuparam o sítio de Clóvis, no Novo México (EUA), até a última semana tido como o mais antigo das Américas. A descoberta de Anna Roosevelt levanta uma questão de fundo: "Como duas tribos que viveram na mesma época, distantes oito mil quilômetros, podem ter culturas tão diversas?", indaga a pesquisadora com base numa evidência desconcertante. As pontas de flechas das tribos de Clóvis eram de formato completamente diferente das de Pedra Pintada. "A onda migratória que originou a tribo brasileira pode não ser a mesma que povoou a América do Norte", afirmou ela por telefone a ISTOÉ. "Não sei quando nem onde os primeiros seres humanos chegaram na América. Meu palpite é que, além do Estreito de Bering, eles podem ter vindo pelo mar", completa a pesquisadora do Museu Field de História Natural, em Chicago.
No caso de Pedra Pintada, a hipótese ganha contornos plausíveis em função da proximidade do sítio com o rio Amazonas. Era a principal caverna habitada pela tribo da região de Monte Alegre por causa do seu tamanho e localização. Da entrada, que fica a 60 metros de altura e tem a forma de arco com 6,5 metros de altura por 15 metros de largura, abre-se um salão de 500 metros quadrados. De lá pode-se obser var toda a planície abaixo e o rio Amazonas ao longe. Na época dos primeiros brasileiros, na última fase da Idade do Gelo, o Amazonas não era o gigante de muitos quilômetros de largura visto hoje, e sim um rio de dimensões bem modestas. Deste ponto privilegiado, os brasileiros de 11.200 anos atrás observavam a movimentação da caça e o retorno dos grupos de caçadores e pescadores que iam obter alimento na planície.
Naquela época era essencial morar em grutas. Na Amazônia fazia frio. A temperatura média era de no máximo 12 graus. O conjunto de cavernas nas serras do Erere e da Paytuna garantia a proteção contra os animais e os rigores do clima. Durante 14 séculos (de 11.200 a 9.8 00 anos atrás), os primeiros habitantes do Brasil e da América do Sul moraram na região de Monte Alegre, vivendo da coleta de frutas, raízes, da caça e da pesca. O aspecto mais marcante desta cultura pré-histórica é a pintura, feita nos paredões de arenito das cavernas e também nas encostas, de modo a ser vista a distância. Os primeiros brasileiros eram artistas. Usando apenas duas cores, o vermelho e o amarelo, obtidas do óxido de ferro, deixaram uma coleção de pinturas simbólicas, retratando o seu cotidiano. Nas paredes, aparecem animais, pessoas, folhas e objetos, em um conjunto que impressiona. Além desta pintura figurativa, os primeiros brasileiros faziam composições abstratas, como um painel quadriculado onde há uma sucessão de quadrados com marcas que se alternam, pintado próximo a uma formação rochosa conhecida como Pedra do Pilão. Outra pintura impressionante, seja pelo desenho, pelas suas dimensões e pelo local onde está pintada, a Pedra da Lua, a 100 metros de altura, é a que mostra uma representação do sol e da lua, com forma humana, onde o primeiro est á de cabeça para baixo e a lua em pé, indicando uma tentativa de indicar o antagonismo entre os dois. Há também representações de figuras humanas em uma espécie de jarro, mostrando talvez a forma como os mortos eram enterrados e uma figura de mulher dando à luz. Essas pinturas estão presentes em oito cavernas e sete sítios arqueológicos, espalhados ao longo dos oito quilômetros das serras do Erere e Paytuna.
Os primeiros brasileiros saíram das cavernas e das serras de Monte Alegre há 9.800 anos, quando a temperatura na região subiu, com o fim da Idade do Gelo. Desceram para o Sul, para os cerrados de Goiás, fugindo do calor e da umidade. Somente dois mil anos depois, quando a Floresta Amazônica começava a se formar, eles retornaram à região e às cave rnas de clima ameno. Até hoje, a região de Monte Alegre é mais fresca que a planície e as várzeas junto ao rio Amazonas. A vegetação, em todo o platô e em volta das serras, por causa do solo pobre de arenito, é de menor porte. De oito mil anos para cá, várias culturas se sucederam nas cavernas, até que os índios brasileiros passaram a viver definitivamente nas matas.
Mas não é só no valor artístico das pinturas que o primeiro brasileiro se destaca. As pontas-de-lança e de flechas encontradas mostram um trabalho das bordas das pedras de qualidade superior aos de Clóvis, analisa Anna Roosevelt. O brasileiro era não só bom caçador, mas bom pescador. Há pinturas mostrando o uso de arpões para a pesca de peixes, como o pirarucu, que já existia na época. Vários hábitos dos paraenses de hoje já er am adotados pelos brasileiros das cavernas, como comer tartarugas, por exemplo. Foram encontrados restos de tartarugas nos fósseis e há muitas representações do animal nos desenhos.
O dia do primeiro brasileiro era o típico das sociedades primitivas. Caça e pesca eram feitas de dia, com o material trazido depois para as cavernas, onde a comida era preparada. Foram achados milhares de sementes carbonizadas de castanha-do-pará, de frutas amazônicas como jutaí, achuá, pitomba, murici, apiranga e tarumã e de cocos (sacuri, tucumã e curuá). A equipe também encontrou conchas de moluscos e fragmentos de espinhas de peixes (pirarucu, traíra e peixe-gato), ossos de ratos, morcegos, sapos, tartarugas, pássaros, porcos-do-mato e antas.
Os fragmentos mais antigos de ossos humanos achados por Anna Roosevelt têm entre dez mil e nove mil anos. São desta época também as mais antigas sepulturas da gruta. Há 7,5 mil anos, o povo da gruta dominava a cerâmica, como comprovam centenas de cacos enterrados em seu solo arenoso. Hábitos religiosos, costumes e maiores detalhes somente vão ser possíveis de identificação depois de novas pesquisas, com escavações nas demais cavernas. Mas a Pedra Pintada deve continuar sendo o foco das atrações. Anna Roosevelt acha que duas pequenas cavernas, nos fundos da Pedra Pintada, podem ter sido usadas como cemitérios.
A Caverna da Pedra Pinta da é conhecida desde 1840. Mas ninguém antes de Anna Roosevelt havia escavado o local. Até as descobertas da Pedra Pintada surgirem, todos os sítios arqueológicos sul-americanos com cerca de dez mil anos tinham sido escavados nos Andes, na Patagônia, na Argentina e no cerrado brasileiro. A primeira consequência desta descoberta é alterar a história do povoamento da América do Sul. Ou os primeiros americanos vieram da Sibéria mais cedo do qu e se supunha ou fizeram rotas alternativas, provavelmente atravessando o Oceano Pacífico em embarcações rústicas. "Os locais na costa onde estes pioneiros desembarcaram durante a Idade do Gelo nunca foram encontrados, pois encontram-se hoje submersos. O nível do mar naquela época era 100 metros mais baixo. É preciso fazer arqueologia submarina para encontrar estes sítios no litoral." A simples existência da tribo da Pedra Pintada derruba outro dogma dos pesquisadores americanos: de que seria impossível que os primeiros índios tivessem habitado a floresta. "Supunha-se que os alimentos eram escassos demais na floresta tropical para sustentar os habitantes que ainda não dominavam a agricultura", explica Anna Roosevelt.
"Me interessei por arqueologia quando criança, lendo histórias sobre o Egito dos faraós", confessa esta senhora brincalhona, formada em história pela Universidade de Stanford e com doutorado em antropologia pela Universidade de Columbia. Seu fascínio pela pré-história amazônica, começou quando pesquisava povoamentos indígenas na Venezuela em 1983 e foi convidada para escavar um sítio arqueológico na ilha de Marajó. Lá acabou descobrindo em 1988 os primeiros vestígios da requintada cerâmica marajoara, feita entre oito mil e cinco mil anos atrás. Foi o início de sua paixão pela a rqueologia dos índios pré-históricos brasileiros. Não parou mais. Desde então, Anna Roosevelt escavou nos municípios paraenses de Taperinha (1988) e Santarém (1993), além de Monte Alegre, onde escava desde 1991. Anna Roosevelt planeja dentro em breve retomar as escavações em Pedra Pintada e depois, quem sabe, tentar a sorte na África. "Se existiam culturas avançadas na Amazônia de 11.200 mil anos, porque o mesmo não pode ter ocorrido nas florestas tropicais do Zaire, ao longo do rio Congo?" A mesma hipótese pode ter ocorrido nas matas do Sudeste Asiático. "Não sei se ainda viverei o suficiente para escavar na Ásia, mas adoraria."
Num artigo de capa para a revista Science, a arqueóloga Anna Roosevelt, bisneta do ex-presidente americano Theodore Roosevelt e sobrinha-neta do também presidente Franklin Delano Roosevelt, relata o resultado de uma pesquisa revolucionária. O primeiro homem do continente americano era brasileiro. Ele viveu há 11.200 anos em um conjunto de cavernas nas serras de Ererê e Paytuna, a 45 km da cidade de Monte Alegre, no Pará, margem superior do Rio Amazonas. Entre 1991 e 1992, Anna Roosevelt, 49 anos, chefiou uma equipe internacional que escavou a Caverna da Pedra Pintada e mais 14 sítios arqueológicos da região. Neste período, ela recolheu 14 pontas de lanças e flechas em pedra lascada esculpidas pela tribo da Pedra Pintada, bem como restos ca rbonizados de alimentos e amostras de fezes humanas. Levados aos Estados Unidos e à Suíça para testes com o Carbono 14 (método empregado por arqueólogos para determinar a idade de materiais pré-históricos), comprovou-se que a tribo que produziu estas peças viveu no Brasil de 11.200 anos atrás. Na pior das hipóteses, o povo da Pedra Pintada foi contemporâneo dos seres humanos que ocuparam o sítio de Clóvis, no Novo México (EUA), até a última semana tido como o mais antigo das Américas. A descoberta de Anna Roosevelt levanta uma questão de fundo: "Como duas tribos que viveram na mesma época, distantes oito mil quilômetros, podem ter culturas tão diversas?", indaga a pesquisadora com base numa evidência desconcertante. As pontas de flechas das tribos de Clóvis eram de formato completamente diferente das de Pedra Pintada. "A onda migratória que originou a tribo brasileira pode não ser a mesma que povoou a América do Norte", afirmou ela por telefone a ISTOÉ. "Não sei quando nem onde os primeiros seres humanos chegaram na América. Meu palpite é que, além do Estreito de Bering, eles podem ter vindo pelo mar", completa a pesquisadora do Museu Field de História Natural, em Chicago.
No caso de Pedra Pintada, a hipótese ganha contornos plausíveis em função da proximidade do sítio com o rio Amazonas. Era a principal caverna habitada pela tribo da região de Monte Alegre por causa do seu tamanho e localização. Da entrada, que fica a 60 metros de altura e tem a forma de arco com 6,5 metros de altura por 15 metros de largura, abre-se um salão de 500 metros quadrados. De lá pode-se obser var toda a planície abaixo e o rio Amazonas ao longe. Na época dos primeiros brasileiros, na última fase da Idade do Gelo, o Amazonas não era o gigante de muitos quilômetros de largura visto hoje, e sim um rio de dimensões bem modestas. Deste ponto privilegiado, os brasileiros de 11.200 anos atrás observavam a movimentação da caça e o retorno dos grupos de caçadores e pescadores que iam obter alimento na planície.
Naquela época era essencial morar em grutas. Na Amazônia fazia frio. A temperatura média era de no máximo 12 graus. O conjunto de cavernas nas serras do Erere e da Paytuna garantia a proteção contra os animais e os rigores do clima. Durante 14 séculos (de 11.200 a 9.8 00 anos atrás), os primeiros habitantes do Brasil e da América do Sul moraram na região de Monte Alegre, vivendo da coleta de frutas, raízes, da caça e da pesca. O aspecto mais marcante desta cultura pré-histórica é a pintura, feita nos paredões de arenito das cavernas e também nas encostas, de modo a ser vista a distância. Os primeiros brasileiros eram artistas. Usando apenas duas cores, o vermelho e o amarelo, obtidas do óxido de ferro, deixaram uma coleção de pinturas simbólicas, retratando o seu cotidiano. Nas paredes, aparecem animais, pessoas, folhas e objetos, em um conjunto que impressiona. Além desta pintura figurativa, os primeiros brasileiros faziam composições abstratas, como um painel quadriculado onde há uma sucessão de quadrados com marcas que se alternam, pintado próximo a uma formação rochosa conhecida como Pedra do Pilão. Outra pintura impressionante, seja pelo desenho, pelas suas dimensões e pelo local onde está pintada, a Pedra da Lua, a 100 metros de altura, é a que mostra uma representação do sol e da lua, com forma humana, onde o primeiro est á de cabeça para baixo e a lua em pé, indicando uma tentativa de indicar o antagonismo entre os dois. Há também representações de figuras humanas em uma espécie de jarro, mostrando talvez a forma como os mortos eram enterrados e uma figura de mulher dando à luz. Essas pinturas estão presentes em oito cavernas e sete sítios arqueológicos, espalhados ao longo dos oito quilômetros das serras do Erere e Paytuna.
Os primeiros brasileiros saíram das cavernas e das serras de Monte Alegre há 9.800 anos, quando a temperatura na região subiu, com o fim da Idade do Gelo. Desceram para o Sul, para os cerrados de Goiás, fugindo do calor e da umidade. Somente dois mil anos depois, quando a Floresta Amazônica começava a se formar, eles retornaram à região e às cave rnas de clima ameno. Até hoje, a região de Monte Alegre é mais fresca que a planície e as várzeas junto ao rio Amazonas. A vegetação, em todo o platô e em volta das serras, por causa do solo pobre de arenito, é de menor porte. De oito mil anos para cá, várias culturas se sucederam nas cavernas, até que os índios brasileiros passaram a viver definitivamente nas matas.
Mas não é só no valor artístico das pinturas que o primeiro brasileiro se destaca. As pontas-de-lança e de flechas encontradas mostram um trabalho das bordas das pedras de qualidade superior aos de Clóvis, analisa Anna Roosevelt. O brasileiro era não só bom caçador, mas bom pescador. Há pinturas mostrando o uso de arpões para a pesca de peixes, como o pirarucu, que já existia na época. Vários hábitos dos paraenses de hoje já er am adotados pelos brasileiros das cavernas, como comer tartarugas, por exemplo. Foram encontrados restos de tartarugas nos fósseis e há muitas representações do animal nos desenhos.
O dia do primeiro brasileiro era o típico das sociedades primitivas. Caça e pesca eram feitas de dia, com o material trazido depois para as cavernas, onde a comida era preparada. Foram achados milhares de sementes carbonizadas de castanha-do-pará, de frutas amazônicas como jutaí, achuá, pitomba, murici, apiranga e tarumã e de cocos (sacuri, tucumã e curuá). A equipe também encontrou conchas de moluscos e fragmentos de espinhas de peixes (pirarucu, traíra e peixe-gato), ossos de ratos, morcegos, sapos, tartarugas, pássaros, porcos-do-mato e antas.
Os fragmentos mais antigos de ossos humanos achados por Anna Roosevelt têm entre dez mil e nove mil anos. São desta época também as mais antigas sepulturas da gruta. Há 7,5 mil anos, o povo da gruta dominava a cerâmica, como comprovam centenas de cacos enterrados em seu solo arenoso. Hábitos religiosos, costumes e maiores detalhes somente vão ser possíveis de identificação depois de novas pesquisas, com escavações nas demais cavernas. Mas a Pedra Pintada deve continuar sendo o foco das atrações. Anna Roosevelt acha que duas pequenas cavernas, nos fundos da Pedra Pintada, podem ter sido usadas como cemitérios.
A Caverna da Pedra Pinta da é conhecida desde 1840. Mas ninguém antes de Anna Roosevelt havia escavado o local. Até as descobertas da Pedra Pintada surgirem, todos os sítios arqueológicos sul-americanos com cerca de dez mil anos tinham sido escavados nos Andes, na Patagônia, na Argentina e no cerrado brasileiro. A primeira consequência desta descoberta é alterar a história do povoamento da América do Sul. Ou os primeiros americanos vieram da Sibéria mais cedo do qu e se supunha ou fizeram rotas alternativas, provavelmente atravessando o Oceano Pacífico em embarcações rústicas. "Os locais na costa onde estes pioneiros desembarcaram durante a Idade do Gelo nunca foram encontrados, pois encontram-se hoje submersos. O nível do mar naquela época era 100 metros mais baixo. É preciso fazer arqueologia submarina para encontrar estes sítios no litoral." A simples existência da tribo da Pedra Pintada derruba outro dogma dos pesquisadores americanos: de que seria impossível que os primeiros índios tivessem habitado a floresta. "Supunha-se que os alimentos eram escassos demais na floresta tropical para sustentar os habitantes que ainda não dominavam a agricultura", explica Anna Roosevelt.
"Me interessei por arqueologia quando criança, lendo histórias sobre o Egito dos faraós", confessa esta senhora brincalhona, formada em história pela Universidade de Stanford e com doutorado em antropologia pela Universidade de Columbia. Seu fascínio pela pré-história amazônica, começou quando pesquisava povoamentos indígenas na Venezuela em 1983 e foi convidada para escavar um sítio arqueológico na ilha de Marajó. Lá acabou descobrindo em 1988 os primeiros vestígios da requintada cerâmica marajoara, feita entre oito mil e cinco mil anos atrás. Foi o início de sua paixão pela a rqueologia dos índios pré-históricos brasileiros. Não parou mais. Desde então, Anna Roosevelt escavou nos municípios paraenses de Taperinha (1988) e Santarém (1993), além de Monte Alegre, onde escava desde 1991. Anna Roosevelt planeja dentro em breve retomar as escavações em Pedra Pintada e depois, quem sabe, tentar a sorte na África. "Se existiam culturas avançadas na Amazônia de 11.200 mil anos, porque o mesmo não pode ter ocorrido nas florestas tropicais do Zaire, ao longo do rio Congo?" A mesma hipótese pode ter ocorrido nas matas do Sudeste Asiático. "Não sei se ainda viverei o suficiente para escavar na Ásia, mas adoraria."
De:EDUARDO HOLLANDA, DE MONTE ALEGRE (PA), E PETER MOON
Fonte: http://montealegre.v10.com.br/noticias.html
Agora que já sabe tudo sobre o assunto "Pedra Pintada", responda:
1. Em que cidade e estado do Brasil se localiza a caverna da Pedra Pintada?
2. Que vestígios da presença humana na região a arqueóloga e sua equipe encontraram?
3. Que conclusões Anna Rooselvelt elaborou analisando suas descobertas?
1 Responses So Far:
TENHO MUITO MEDO DO FUTURO. FUTURO DESSAS JAZIDAS ARQUEOLÓGICAS DESAPARECEREM. EM MATO GROSSO QUEREM FAZER UM TELEFÉRICO NA CHAPADA DE GUIMARÃES E É PROVAVEL QUE UM DOS SÍTIOS ARQUEOLÒGIOS DOS MAIS REPRESENTATIVOS DE PINTURAS RUPESTRES ESTARÁ NA LINHA DESSA CONSTRUÇÃO. NOSSO COMPANHEIO MÁRIO FLIEDLANDER DIZ:O Projeto de Teleférico de Chapada dos Guimarães ameaça o maior sítio arqueológico de arte rupestre do Centro-Oeste.
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Equipe DHC.