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Guerra de Troia - Prof.: Fátima Abreu


Guerra de Tróia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A guerra de Tróia foi um episódio sangrento da antiguidade, que teve lugar muito provavelmente entre 1300 a.C. e 1200 a.C, que culminou com a destruição da cidade de Tróia e facilitou o fim da Idade do Bronze no Mediterrâneo. A causa daquele conflito de mais de dez anos foi o rapto de Helena de Tróia por Páris, príncipe de Tróia. Segundo a mitologia, a cidade de Tróia acabou por ser tomada, após um longo cerco, através do uso do Cavalo de Tróia.

Os gregos antigos acreditavam que a guerra de Tróia era um fato histórico, ocorrido no período micênico, mas durante séculos os estudiosos tiveram dúvidas se ela de fato ocorreu. Até à descoberta do sítio arqueológico na Turquia, acreditava-se que Tróia era uma cidade mitológica.

A Ilíada, de Homero, descreve os acontecimentos finais da guerra, que incluem as mortes de Pátroclo, Heitor e Ájax que se matou com a espada que Heitor lhe deu. A obra Odisséia é a continuação da Ilíada, que conta a volta de Odisseu a Ítaca, onde passou mais dez anos até chegar a seu destino.

Mito

A guerra de Tróia se deu quando os aqueus atacaram Tróia, buscando vingar o rapto de Helena, esposa de Menelau, irmão de Agamenon. Os aqueus eram os povos que hoje conhecemos como gregos, que compartilhavam uma cultura e língua comuns, mas na época se enxergavam como vários reinos, e não como um povo só.

A lenda conta que a deusa (ninfa) do mar Tétis era desejada como esposa por Zeus e por Posídon. Porém Prometeu fez uma profecia que o filho da deusa seria maior que seu pai, então os deuses resolveram dá-la como esposa a Peleu, um mortal já idoso, intencionando enfraquecer o filho, que seria apenas um humano. O filho de ambos foi Aquiles, e sua mãe, visando fortalecer sua natureza mortal, o mergulhou quando ainda bebê nas águas do mitológico rio Estige. As águas tornaram o herói invulnerável, exceto no calcanhar, por onde a mãe o segurou para mergulhá-lo no rio (daí a expressão “calcanhar de Aquiles”, significando ponto vulnerável). Aquiles se torna o mais poderoso dos guerreiros, porém, ainda é mortal. Mais tarde, sua mãe profetisa que ele poderá escolher entre dois destinos: lutar em Tróia e alcançar a glória eterna, mas morrer jovem, ou permanecer em sua terra natal e ter uma longa vida, porém ser logo esquecido.

Helena e Páris
Helena e Páris

Para o casamento de Peleu e Tétis todos os deuses foram convidados, menos Éris, ou Discórdia. Ofendida, a deusa compareceu invisível e deixou à mesa um pomo de ouro com a inscrição “À mais bela”. As deusas Hera, Atena e Afrodite disputaram o título de mais bela e o pomo. Zeus não quis ser o juiz, para não descontentar duas das deusas, então ordenou que o príncipe troiano Páris, à época sendo criado como um pastor ali perto, resolvesse a disputa. Para ganhar o título de “mais bela”, Atena ofereceu a Páris poder na batalha e sabedoria, Hera ofereceu riqueza e poder e Afrodite, o amor da mulher mais bela do mundo. Páris deu o pomo à Afrodite, ganhando sua proteção e o ódio das outras duas deusas contra si e contra Tróia.

A mulher mais bela do mundo era Helena de Esparta), filha de Zeus e de Leda, rainha de Esparta.

Quando Páris foi a Esparta em missão diplomática, apaixonou-se por Helena e ambos fugiram para Tróia, enfurecendo Menelau. Este apelou aos antigos pretendentes de Helena, lembrando o juramento que haviam feito. Agamenon então assumiu o comando de um exército de mil naus e atravessou o mar Egeu para atacar Tróia. As naus gregas desembarcam na praia próxima a Tróia e iniciam um cerco que iria durar dez anos e custaria a vida a muitos heróis de ambos os lados. Dois dos mais notáveis heróis a perderem a vida na guerra de Tróia foram Heitor e Aquiles.

Finalmente, seguindo um estratagema proposto por Odisseu, o famoso cavalo de Tróia, os gregos invadiram a cidade governada por Príamo e terminaram a guerra. O cavalo de Tróia revelou-se uma armadilha, um falso pedido de paz grego. Sendo um presente para o rei, os troianos levaram o cavalo para dentro das muralhas da cidade; à noite, quando todos dormiam, os soldados gregos que se escondiam dentro da estrutura ôca de madeira do cavalo saíram e abriram os portões para que todo o exército entrasse e queimasse a cidade.

Libertação dos Escravos - a história


Dá para acreditar que, por mais de trezentos anos, o negro sustentou muita gente rica, ajudou no desenvolvimento da economia brasileira sem ganhar nada, e ainda por cima era maltratado?

Pois é, menos de 100 anos depois do Descobrimento, o Brasil era um território enorme e cheio de riquezas, mas precisava de gente para colocar a "mão na massa". Os índios, que não queriam nem saber de ser explorados e viviam fugindo, deram lugar aos negros africanos no trabalho pesado. Sem os escravos, que trabalhavam duro nas lavouras, minas e engenhos (fazendas produtoras de cana), o Brasil e outros países que compravam nossos produtos não teriam açúcar, algodão, ouro, gado ou café.

Como os escravos não recebiam nem um centavo, o tráfico de negros cativos era um negócio bastante lucrativo - e terrível. Milhares de negros foram trazidos da África em condições desumanas, e eram tratados como verdadeiros animais aqui no Brasil, o que provocou várias revoltas.


COMPRANDO PESSOAS

O comércio de escravos já acontecia há um tempão, mas foi só em 1559 que a Coroa Portuguesa deu autorização para que cada senhor de engenho comprasse, no máximo, 120 negros por ano.

Os escravos vindos da África eram adquiridos por escambo. Mas o que é escambo? Você não troca uma figurinha por outra? O escambo é isso! Só que os negros eram trocados, principalmente, por fumo ou aguardente. Já pensou que chato, ser trocado por cachaça?

Pior que isso era a forma como os escravos vinham para o Brasil. Isso é, quando chegavam vivos... Você conhece o Oceano Atlântico? É aquele marzão que separa o Brasil da África. Dá para imaginar os pobres escravos trancafiados e amontoados no porão de um navio, atravessando esse oceano durante meses, comendo coisas horríveis e contraindo doenças? E os pobres nem adivinhavam que o pior ainda estava por vir, em terra firme.

Ninguém é de ferro... e as revoltas começaram a estourar!

Os negros que conseguiam chegar vivos ao Brasil tinham vários destinos. Eles trabalhavam na casa do seu senhor fazendo serviços domésticos, como lavar, limpar e cozinhar; ou nas plantações e minas de ouro. Também prestavam todos os tipos de serviços, como levar mercadorias, pessoas e água de um lado para o outro, vendendo coisas nas ruas e até trabalhando como alfaiate e marceneiro. E o dinheiro ia para onde? Para os bolsos de seus senhores, é claro.

Você já perguntou para o seu pai quantas horas ele trabalha por dia? Certamente ele irá dizer 8 horas (um pouco mais ou um pouco menos). E o escravo? Dê um chute.... De 12 a 16 horas por dia!!! Além disso, eles dormiam em verdadeiras pocilgas, chamadas de senzalas (nas grandes fazendas) ou em palhoças (nos lugares menores).

Pocilga não lembra porco? Pois é, esses lugares perdiam pouco para os chiqueiros de verdade. E quando faziam alguma coisa errada, eles ainda eram presos com correntes a um tronco, e eram açoitados com um chicote de couro, chamado... bacalhau!

Quanto à alimentação, os escravos negros comiam farinha de mandioca, aipim, feijão e banana. Já pensou viver só com esse cardápio?

Nessas condições precárias, você acha que eles ficaram quietinhos? Que nada!

Os escravos não conseguiram suportar os maus-tratos por muito tempo. Muitos morreram por causa do banzo, que era o nome que os negros africanos davam para uma tristeza enorme, que chegava a matar.

Então, eles encontraram várias maneiras de dizer um basta à injustiça. Desafiaram os senhores de engenho e feitores (homens que tomavam conta dos escravos) , e chegaram a se suicidar para dar o maior prejuízo ao seu "dono".

Outra forma de revolta era a preservação dos rituais religiosos, que negavam os valores brancos e ressaltavam a cultura africana. Por fim, os negros tentavam a solução mais difícil: fugir das senzalas, o que era muito perigoso. Quando escapuliam, eram perseguidos sem piedade pelos "capitães do mato", homens cruéis contratados para recapturar os escravos fugidos. E quando encontrados, os fujões eram torturados até a morte.

Ué, mas escravo morto não fazia mal para o bolso do senhor de engenho? Pois é, mas também servia de exemplo para os outros não se atreverem a colocar o pé fora de "casa".

Até que um dia, os escravos começaram a se organizar para enfrentar seus inimigos. Começaram a fugir em bandos, se encontravam em um lugar combinado, bem escondido, e formavam comunidades secretas para resistir à escravidão!

Eram os quilombos!

Quilombo é aquilo que se forma quando a gente bate em algum lugar e fica inchado? Não!!! Os quilombos eram vilas e acampamentos formados pelos escravos que fugiam, lugares bem escondidos, longe dos brancos e em regiões de difícil acesso.

Os habitantes que viviam nos quilombos eram chamados de quilombolas. Estranho, não? Mas não seria tão estranho assim se falássemos tupi: quilombola vem do tupi "canhambora", que significa "aquele que costuma fugir". E olhe como os quilombolas eram organizados: todos cuidavam da terra, plantavam e criavam animais, e a comida era repartida entre todos. Uma vida bem diferente da realidade das senzalas e palhoças (casas de palha).

O quilombo mais importante foi o de Palmares, que ficava entre Alagoas e Pernambuco. Poderíamos até dizer "quilombão", já que Palmares chegou a abrigar 20 mil habitantes!

Você já ouviu falar de Zumbi e Ganga Zumba? Ganga Zumba foi o primeiro grande líder. Em 1678, ele abandonou Palmares depois de um acordo feito com o governador de Pernambuco, Aires de Souza e Castro, que cedia outras terras e liberdade apenas para os nascidos no quilombo.

Os que não concordaram com ele continuaram em Palmares, sob o comando de Zumbi, seu líder mais importante. Negro alto, forte e muito corajoso, Zumbi lutou até a morte para defender a comunidade e a liberdade dos negros. Traído por Antônio Soares, seu amigo de confiança, Zumbi foi encontrado em seu esconderijo e morto em 1695.

Sabe quanto tempo Palmares durou? Ele foi criado em por volta de 1590, e destruído em 1694 por tropas de Domingos Jorge Velho. E então, fez as contas? Mais de 100 anos!!!

Além de fugir e formar quilombos, os negros também resistiam preservando suas tradições...


Você acredita em Deus? Independente da sua resposta, o mais importante é respeitar a opinião de cada um. Mas é claro que esse respeito não existia na época da escravidão. Além de aguentar aquela vida dura, os escravos não podiam praticar a sua religião, o candomblé.

O candomblé chegou ao Brasil com o tráfico de escravos negros, entre os séculos 16 e 19. O grande problema é que os colonizadores portugueses e, mais tarde, os senhores de engenho, não permitiam a prática do candomblé. Sabe por quê? Porque achavam que era feitiçaria, obrigando os escravos a "trocar" de religião e adotarem o cristianismo!

Mas os espertos escravos deram um jeitinho na proibição, e adaptaram o candomblé, enganando os padres e senhores! Eles cantavam e dançavam louvando seus deuses, mas colocavam imagens dos santos católicos. Assim, cada santo correspondia a um orixá, a divindade do candomblé. Por exemplo: Iemanjá é Nossa Senhora da Conceição, Ogum seria São Jorge, Yansã "fingia" ser Santa Bárbara, e assim por diante.

E assim os escravos seguiram a sua dura sina... até que a Inglaterra resolveu colocar as manguinhas de fora e proibir o tráfico.

SANTA DO PAU OCO

No início do século 19, a Inglaterra queria porque queria que o Brasil acabasse com o tráfico negreiro. "Aleluia, alguém pensou nos escravos negros!". Antes fosse!

A Inglaterra só estava pensando no próprio bolso. O que ela queria mesmo era que os escravos se tornassem assalariados, ganhassem dinheiro e virassem consumidores... dos produtos ingleses!

Então, em 1845, a Inglaterra decretou a lei Bill Aberdeen. Bill o quê? Com o Bill Aberdeen a Marinha inglesa poderia prender qualquer navio negreiro que encontrasse pela frente. Os traficantes perderiam o navio, a carga e seriam julgados lá na Inglaterra.

Depois de muita pressão dos gananciosos ingleses, cinco anos depois os brasileiros tiveram que se mexer. Em 1850, foi decretada a lei Euzébio de Queiroz, que determinava a extinção do tráfico negreiro para o Brasil.

O tráfico de escravos negros tinha acabado, mas e quanto aos cativos que estavam aqui? Pois é, a Inglaterra continuou pressionando, e o governo brasileiro criou duas novas leis:

- A Lei do Ventre Livre, aprovada em 1871, livrou da escravião todos os negros nascidos a partir daquela data. Porém (sempre existe um porém) a criança ficaria em poder dos senhores de sua mãe até os 21 anos. Resumindo: ela não seria totalmente livre.

- A lei Saraiva-Cotegipe, mais conhecida como Lei dos Sexagenários, aprovada em 1885, foi a maior festa para os vovozinhos: todos os escravos que completassem 65 anos seriam libertados.

A Lei dos Sexagenários parecia piada, já que um escravo vivia no máximo 40 anos. E se ele chegasse aos 65 anos, certamente acabaria na miséria. Só os fazendeiros iriam pular de alegria, já que não precisariam sustentar alguém que não trabalhasse.

E a sociedade brasileira? Como ela convivia com a idéia da escravidão? Todas essas leis foram criadas com a ajuda dos abolicionistas, pessoas influentes que lutaram para que a escravatura acabasse no Brasil.


Finalmente! No dia 13 de maio de 1888 a Princesa Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Orleans (ufa!), mais conhecida como Princesa Isabel, assinou a lei Áurea, que aboliu definitivamente a escravidão no Brasil. Áurea siginifica coberta de ouro, e também pode ser uma coisa linda, magnífica. Bonito, não?

Mas não pense que a grande "heroína" da história foi a Princesa Isabel. A lei Áurea foi uma conquista do povo, principalmente dos abolicionistas, e dos próprios escravos, que tiveram muita coragem para combater uma realidade tão dura.

E depois disso? O que aconteceu com os negros? Essa é uma longa história de lutas e preconceito, que ainda não terminou. Até hoje, no Brasil, os negros são discriminados pela cor da pele: a grande maioria da população pobre é negra,não tem acesso a boas escolas, tem salários menores e enfrenta dificuldades até para arranjar empregos melhores.

Mas como você já sabe, não importa a cor da pele! Todos temos direito a uma vida decente e feliz. Assim como os negros que se rebelaram nas senzalas, nós também não podemos cruzar os braços diante dessa injustiça. E a melhor coisa que cada um pode fazer é: respeitar e valorizar as diferenças.


**Extraído de www.canalkids.com.br/cultura/historia **

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Questionário Questionário Questionário Questionário
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  1. Qual foi a herança nos deixada pelos escravos?
  2. Quantos anos, aproximadamente, durou a escravidão no Brasil?
  3. Por quais mercadorais os escravos eram trocados, inicialmente, no Brasil?
  4. Como se chama o lugar onde os escravos dormiam? Descreva esse local.
  5. O que foram os quilombos? Qual foi o mais importante? Escreva o que você sabe sobre esse lugar.
  6. Como era a alimentação dos escravos?
  7. O que era banzo?
  8. Quantas e quais foram as leis criadas no Brasil, para tentar abolir a escravidão?
  9. Qual foi a lei que aboliu a escravidão no Brasil? em que data ela foi assinada?
  10. Como era o nome completo da Princesa Isabel?
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Herança Africana - Profª. Telma



Quando os negros foram trazidos da África para o Brasil para trabalhar como escravos, trouxeram também suas religiões, suas comidas e suas músicas. O samba que nós conhecemos hoje é uma mistura dessa influência africana, que usava muitos instrumentos de percussão, com a européia, mais melódica.

A explicação mais tradicional diz que o samba surgiu de uma dança chamada semba, original de Angola, país africano de onde foram trazidos muitos negros. Era uma dança em que as pessoas mexiam bastante os quadris.

O samba se desenvolveu primeiro na Bahia, Estado brasileiro com uma das maiores populações de descendentes de africanos. Algumas pessoas que se mudaram da Bahia para a cidade do Rio de Janeiro no começo do século 20 levaram o samba "na bagagem". O Rio era a capital do Brasil, na época. (Brasília só foi construída na década de 1950).

Talvez por isso o samba fosse chamado de baiano, no começo.

O SAMBA

O samba pede passagem e toma conta de todo o Brasil. Afinal, "quem não gosta de samba, bom sujeito não é/ É ruim da cabeça ou doente do pé..." como já diz uma das músicas mais populares que tem o samba como tema.

Há várias explicações para a formação desta dança que, como era de se imaginar, vem da África. Uma delas diz que sua origem está na palavra semba, que significa umbigada. E a dança era assim no início: um bailarino ficava no centro da roda dançando sozinho, então chamava outra pessoa para substituí-lo batendo nela com o umbigo.

Com o tempo, o samba foi se modificando e sofrendo alterações, e em cada estado do Brasil tem uma cara diferente, mas está sempre acompanhado principalmente pelo violão, pandeiro e surdo, entre outros instrumentos.

Quando o samba foi levado ao Rio de Janeiro pelos baianos, no início do século 20, encontrou um parceiro que foi feito sob medida para ele: o carnaval. Essa dupla incendeia as ruas e salões do Brasil inteiro e ficou conhecida pelos quatro cantos do mundo.

A CONTRIBUIÇÃO AFRICANA

Em todas as áreas de nossa cultura, a contribuição dos negros é sempre responsável por um tempero especial e pela capacidade de improvisação – o jogo de cintura. Na culinária não podia ser diferente.

A escravidão arrancou o negro violentamente de seu território e de seus hábitos. Como os escravos eram capturados e transformados em prisioneiros, não traziam nem roupas, quanto mais produtos para cozinhar. Eles tiveram de improvisar e adaptar sua cozinha usando os alimentos que encontraram por aqui.

Trazidos de seu continente pelos comerciantes, os negros já tinham aqui: a banana, o café, o azeite-de-dendê, a pimenta-malagueta e o coco que deu origem ao nosso pudim do almoço cultural.




JOGO DE CINTURA NA CASA GRANDE

Quando os escravos vieram para cá, muitos colonizadores estavam sem suas famílias, pois tinham vindo sozinhos. Então as negras foram para a cozinha do sinhô na casa grande, o nome dado à casa dos senhores de escravos.

As escravas tiveram de adaptar suas receitas, pois não tínhamos aqui muitos dos produtos de sua terra natal. Acabaram misturando um pouquinho de tudo: ingredientes que já conheciam com outros trazidos pelos portugueses e alguns usados pelos índios.

Assim, os negros acabaram não só enriquecendo a nossa culinária como também modificando a sua própria. Até hoje lambemos os beiços com essas comidas maravilhosas _ que não ficaram só por aqui, foram também para o continente africano, modificadas pelos novos ingredientes brasileiros.


FINALMENTE: É O FIM DA ESCRAVIDÃO!

No dia 13 de maio de 1888, sem suportar mais tanta pressão, o Brasil declara o fim da escravidão. Quem assina a lei Áurea é a princesa Isabel, já que d. Pedro II está fora do Brasil. Agora o fim do Império está muito, muito próximo. A escravidão, que sustentava o reinado, ia acabar sendo a principal responsável pelo seu fim! A partir de então, ela virou assunto para os livros de história.

**** Extraído de www.canalkids.com.br/cultura/historia ****

Globalização - Profª.: Telma



Globalização

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A globalização é um dos processos de aprofundamento da integração econômica, social, cultural, política, com o barateamento dos meios de transporte e comunicação dos países do mundo no final do século XX e início do século XXI. É um fenômeno observado na necessidade de formar uma Aldeia Global que permita maiores ganhos para os mercados internos já saturados.
A rigor, as sociedades do mundo estão em processo de globalização desde o início da História. Mas o processo histórico a que se denomina Globalização é bem mais recente, datando (dependendo da conceituação e da interpretação) do colapso do bloco socialista e o conseqüente fim da Guerra Fria (entre 1989 e 1991), do refluxo capitalista com a estagnação econômica da URSS (a partir de 1975) ou ainda do próprio fim da Segunda Guerra Mundial.
As principais características da globalização são a homogeneização dos centros urbanos, a expansão das corporações para regiões fora de seus núcleos geopolíticos, a revolução tecnológica nas comunicações e na eletrônica, a reorganização geopolítica do mundo em blocos comerciais (não mais ideológicos), a hibridização entre culturas populares locais e uma cultura de massa universal.


História

A globalização é um fenômeno capitalista e complexo que começou na época dos Descobrimentos e que se desenvolveu a partir da Revolução Industrial. Mas o seu conteúdo passou despercebido por muito tempo, e hoje muitos economistas analisam a globalização como resultado do pós Segunda Guerra Mundial, ou como resultado da Revolução Tecnológica.
Sua origem pode ser traçada do período mercantilista iniciado aproximadamente no século XV e durando até o século XVIII, com a queda dos custos de transporte marítimo, e aumento da complexidade das relações políticas européias durante o período. Este período viu grande aumento no fluxo de força de trabalho entre os países e continentes, particularmente nas novas colônias européias.
É tido como inicio da globalização moderna o fim da Segunda Guerra mundial, e a vontade de impedir que uma mostruosidade como ela ocorresse novamente no futuro, sendo que as nações vitoriosas da guerra e as devastadas potências do eixo chegaram a conclusão que era de suma importância para o futuro da humanidade a criação de mecanismos diplomáticos e comerciais para aproximar cada vez mais as nações uma das outras. Deste consenso nasceu as Nações Unidas, e começou a surgir o conceito de bloco econômico pouco após isso com a fundação da Comunidade Européia do Carvão e do Aço - CECA.
A necessidade de expandir seus mercados levou as nações a aos poucos começarem a se abrir para produtos de outros países, marcando o crescimento da ideologia econômica do liberalismo.
Atualmente os grandes beneficiários da globalização são os grandes países emergentes, especialmente o BRIC, com grandes economias de exportação, grande mercado interno e cada vez maior presença mundial[1]. Antes do BRIC, outros países fizeram uso da globalização e economias voltadas a exportação para obter rápido crescimento e chegar ao primeiro mundo, como os tigres asiáticos na década de 1980 e Japão na década de 1970[2].
Enquanto Paul Singer vê a expansão comercial e marítima européia como um caminho pelo qual o capitalismo se desenvolveu assim como a globalização, Maria da Conceição Tavares aposta o seu surgimento na acentuação do mercado financeiro, com o surgimento de novos produtos financeiros.

Impacto

A característica mais notável da globalização é a presença de marcas mundiais
A característica mais notável da globalização é a presença de marcas mundiais
A globalização afeta todas as áreas da sociedade, principalmente comunicação, comércio internacional e liberdade de movimentação, com diferente intensidade dependendo do nível de desenvolvimento e integração das nações ao redor do planeta.

Comunicação

A globalização das comunicações tem sua face mais visível na internet, a rede mundial de computadores, possível graças a acordos e protocolos entre diferentes entidades privadas da área de telecomunicações e governos no mundo. Isto permitiu um fluxo de troca de idéias e informações sem precedentes na história da humanidade. Se antes uma pessoa estava limitada a imprensa local, agora ela mesma pode se tornar parte da imprensa e observar as tendências do mundo inteiro, tendo apenas como fator de limitação a barreira lingüística.
Outra característica da globalização das comunicações é o aumento da universalização do acesso a meios de comunicação, graças ao barateamento dos aparelhos, principalmente celulares e os de infraestrutura para as operadoras, com aumento da cobertura e incremento geral da qualidade graças a inovação tecnológica. Hoje uma inovação criada no Japão pode aparecer no mercado português ou brasileiro em poucos dias e virar sucesso de mercado. Um exemplo da universalização do acesso a informação pode ser o próprio Brasil, hoje com 42 milhões de telefones instalados [3], e um aumento ainda maior de número de telefone celular em relação a década de 80, ultrapassando a barreira de 100 milhões de aparelhos em 2002.
Redes de TV e imprensa multimídia em geral também sofreram um grande impacto da globalização. Um país com imprensa livre hoje em dia pode ter acesso, alguma vezes por tv por assinatura ou satélite, a emissoras do mundo inteiro, desde NHK do japão até Cartoon Network americana.
Pode-se dizer que este incremento no acesso à comunicação em massa acionado pela globalização tem impactado até mesmo nas estruturas de poder estabelecidas, com forte conotação a democracia, ajudando pessoas antes alienadas a um pequeno grupo de radiodifusão de informação a terem acesso a informação de todo o mundo, mostrando a elas como o mundo é e se comporta[4]
Mas infelizmente este mesmo livre fluxo de informações é tido como uma ameaça para determinados governos ou entidades religiosas com poderes na sociedade, que tem gasto enorme quantidade de recursos para limitar o tipo de informação que seus cidadãos tem acesso.
Cuba por exemplo, limita a venda de computadores a cidadãos que obtém certificados do governo, geralmente a custos abusivos para impedir o acesso pela maioria da população, seus emails não são privados e estão sujeitos a constante vigilância do regime, publicação de blog e acesso a redes sociais são proibidos. Acesso a cybercafés também é limitado, e internet livre apenas a estrangeiros que mostrarem seus passaportes para agentes do governo. Desrespeito a estas leis como tentativa de criação de emails não supervisionados em outros países ou publicação de informações criticas ao governo geralmente termina com a prisão da pessoa, como o caso de José Orlando González Bridón em 20 de dezembro de 2000. O único provedor de internet é do governo, e este vigia a atividade dos usuários na rede. [5].
China, onde a internet tem registrado crescimento espetacular graças ao fim da economia planificada comunista e adoção do livre mercado capitalista, com 136 milhões de usuários [6] é outro exemplo de nação notória por tentar limitar a visualização de certos conteúdos considerados "sensíveis" pelo governo, como do Protesto na Praça Tiananmem em 1989, além disso em torno de 923 sites de noticias ao redor do mundo estão bloqueados, incluindo CNN e BBC, sites de governos como Taiwan também são proibidos o acesso e sites de defesa da independência do Tibete. O numero de pessoas presas na China por "ação subversiva" por ter publicado conteúdos críticos ao governo é estimado em mais de 40 ao ano. A própria wikipedia já sofreu diversos bloqueios por parte do governo chinês[7].
No Irã, Arabia Saudita e outros países islâmicos com grande influencia da religião nas esferas governamentais, a internet sofre uma enorme pressão do estado, que tentam implementar diversas vezes barreiras e dificuldades para o acesso a rede mundial, como bloqueio de sites de redes de relacionamentos sociais como Orkut e MySpace, bloqueio de sites de noticias como CNN e BBC. Acesso a conteúdo erótico também é proibido.

Qualidade de vida

O acesso instantâneo de tecnologias, principalmente novos medicamentos, novos equipamentos cirúrgicos e técnicas, aumento na produção de alimentos e barateamento no custo dos mesmos, tem causado nas últimas décadas um aumento generalizado da longevidade dos países emergentes e desenvolvidos. De 1981 a 2001, o número de pessoas vivendo com menos de US$1 por dia caiu de 1.5 bilhão de pessoas para 1.1 bilhão, sendo a maior queda da pobreza registrada exatamente nos países mais liberais e abertos a globalização[8].
Na China, após a conversão para economia capitalista e abertura do mercado, a porcentagem de pessoas vivendo com menos de US$2 caiu 50.1%, contra um aumento de 2.2% na África sub-saariana, composta de em grande parte de nações fechadas a globalização. Entretanto é preciso ter-se sempre em mente que a China adotou a globalização em seus próprios termos, de forma a dela tirar o melhor proveito. Conforme apontado por Stiglitz, ela foi lenta para abrir seus mercados a importações e não permite a entrada dos fluxos de capital especulativo, de curto prazo. Acima de tudo, a China não confiou no trickle-down (teoria conservadora segundo a qual a acumulação de riqueza no topo beneficia paulatinamente os de baixo) da riqueza, mas procurou melhorar a situação dos mais pobres com intervenção do governo [9].
Na América Latina, houve redução de 22% das pessoas vivendo em pobreza extrema de 1981 até 2002[10].
Também houve uma melhora na distribuição da renda, com tendência a convergência a longo prazo conforme a economia global continua crescendo, a maioria das nações que hoje sofrem com problemas de distribuição de renda, teve seus problemas originários antes da época da globalização ou durante períodos de ditadura ou economia planificada. Atualmente a distribuição de renda ou está estável ou está melhorando, sendo que as nações com maior melhora são as que possuem alta liberdade econômica pelo Índice de Liberdade Econômica[11].

Outras visões dos resultados da globalização

Um livro denominado "Flat World, Big Gaps" [12] ("Um Mundo Plano, Grandes Disparidades" - tradução livre), foi editado por Jomo Sundaram, secretário-geral adjunto da ONU para o Desenvolvimento Econômico, e Jacques Baudot, economista especializado em temas de globalização, analisou essas questões e está despertando grande interesse. Nesse livro seus autores concluem que: "A 'globalização' e 'liberalização', como motores do crescimento econômico e o desenvolvimento dos países, não reduziram as desigualdades e a pobreza nas últimas décadas".
A segunda parte do livro analisa as tendências das desigualdes econômicas que vêm ocorrendo em várias partes do mundo, inclusive na OECD, nos Estados Unidos, na América Latina, no Oriente Médio e norte da África, na África sub-saariana, Índia e China.
As políticas liberais adotadas não trouxeram ganhos significativos para a melhoria da distribuição de renda, pelo contrário: "A desigualdade na renda per capita aumentou em vários países da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) durante essas duas décadas, o que sugere que a desregulação dos mercados teve como resultado uma maior concentração do poder econômico."
De maneira geral vários estudos apontam que "a repartição da riqueza mundial piorou e os índices de pobreza se mantiveram sem mudanças entre 1980 e 2000", como já previra Tobin em 1981.
Os mais recentes dados estatísticos, obtidos pela ONU, desmistificam grande parte do discurso neoliberal que é normalmente utilizado para defender certas medidas "globalizantes".
Para a maior parte do Mundo, a globalização, como tem sido conduzida, assemelha-se a um pacto com o demônio. Algumas pessoas nos países ficam mais ricas, as estatísticas do PIB - pelo valor que possam ter - aparentam melhoras, mas o modo de vida e os valores básicos da sociedade ficam ameaçados. Isto não é como deveria ser. [14] [15]

Teorias da Globalização.

A globalização, por ser um fenômeno espontâneo decorrente da evolução do mercado capitalista não direcionado por uma única entidade ou pessoa, possui varias linhas teóricas que tentam explicar sua origem e seu impacto no mundo atual.

Antonio Negri

O pensador italiano Antonio Negri defende, em seu livro "Império", que a nova realidade sócio-política do mundo é definida por uma forma de organização diferente da hierarquia vertical ou das estruturas de poder "arborizadas" (ou seja, partindo de um tronco único para diversas ramificações ou galhos cada vez menores). Para Negri, esta nova dominação (que ele batiza de "Império") é constituída por redes assimétricas, e as relações de poder se dão mais por via cultural e econômica do que uso coercitivo de força. Negri entende que entidades organizadas como redes (tais como corporações, ONGs e até grupos terroristas) têm mais poder e mobilidade (portanto, mais chances de sobrevivência no novo ambiente) do que instituições paradigmáticas da modernidade (como o Estado, partidos e empresas tradicionais).

Benjamin Barber

Em seu artigo “Jihad vs. McWorld”, Benjamin Barber expõe sua visão dualista para a organização geopolítica global num futuro próximo. Os dois caminhos que ele enxerga — não apenas como possíveis, mas também prováveis — são o do McMundo e o da Jihad. Mesmo que se utilizando de um termo específico da religião islâmica (cujo significado, segundo ele, é genericamente “luta”, geralmente a “luta da alma contra o mal”, e por extensão “guerra santa”), Barber não vê como exclusivamente muçulmana a tendência antiglobalização e pró-tribalista, ou pró-comunitária. Ele classifica nesta corrente inúmeros movimentos de luta contra a ação globalizante, inclusive ocidentais, como os zapatistas e outras guerrilhas latino-americanas.
Está claro que a democracia, como regime de governo particular do modo de produção da sociedade industrial, não se aplica mais à realidade contemporânea. Nem se aplicará tampouco a quaisquer dos futuros econômicos pretendidos pelas duas tendências apontadas por Barber: ou o pré-industrialismo tribalista ou o pós-industrialismo globalizado. Os modos de produção de ambos exigem outros tipos de organização política cujas demandas o sistema democrático não é capaz de atender.

Daniele Conversi

Para Conversi, os acadêmicos ainda não chegaram a um acordo sobre o real significado do termo globalização, para o qual ainda não há uma definição coerente e universal: alguns autores se concentram nos aspectos economicos, outros nos efeitos políticos e legislativos, e assim por diante. Para Conversi, a 'globalização cultural' é, possivelmente, sua forma mais visível e efetiva enquanto "ela caminha na sua trajetória letal de destruição global, removendo todas as seguranças e barreiras tradicionais em seu caminho. É tambem a forma de globalização que pode ser mais facilmente identificada com uma dominação pelos Estados Unidos. Conversi vê uma correlação entre a globalização cultural e seu conceito gemeo de 'segurança cultural', tal como desenvolvido por Jean Tardiff, e outros [16]
Conversi propõe a análise da 'globalização cultural' em três linhas principais: a primeira se concentra nos efeitos políticos da alterações sócio-culturais, que se identificam com a 'ínsegurança social'. A segunda, paradoxalmente chamada de 'falha de comunicação' [16], tem como seu argumento principal o fato de que a 'ordem mundial' atual tem uma estrutura vertical, na realidade piramidal, onde os diversos grupos sociais têm cada vez menos oportunidades de se intercomunicar, ou interagir de maneira relevante e consoante suas tradições; de acordo com essa teoria não estaria havendo uma 'globalização' propriamente dita, mas, ao contrário, estariam sendo construídas ligações-ponte, e estaria ocorrendo uma erosão do entendimento, sob a fachada de uma homogenização global causando o colapso da comunicação interétnica e internacional, em consequência direta de uma 'americanização' superficial [16]. A terceira linha de análise se concentra numa forma mais real e concreta de globalização: a importância crescente da diáspora na política internacional e no nascimento do que se chamou de 'nacionalismo de e-mail" - uma expressão criada por Benedict Anderson (1992).[17] "A expansão da Internet propiciou a criação de redes etnopolíticas que só podem ser limitadas pelas fronteiras nacionais às custas de violações de direitos humanos" [16].

Samuel Huntington

O cientista político Samuel Huntington, ideólogo do neoconservadorismo norte-americano, enxerga a globalização como processo de expansão da cultura ocidental e do sistema capitalista sobre os demais modos de vida e de produção do mundo, que conduziria inevitavelmente a um "choque de civilizações".

Antiglobalização

Apesar das contradições há um certo consenso a respeito das características da globalização que envolve o aumento dos riscos globais de transações financeiras, perda de parte da soberania dos Estados com a ênfase das organizações supra-governamentais, aumento do volume e velocidade como os recursos vêm sendo transacionados pelo mundo, através do desenvolvimento tecnológico etc.
Além das discussões que envolvem a definição do conceito, há controvérsias em relação aos resultados da globalização. Tanto podemos encontrar pessoas que se posicionam a favor como contra (movimentos antiglobalização).
A globalização é um fenômeno moderno que surgiu com a evolução dos novos meios de comunicação cada vez mais rápidos e mais eficazes. Há, no entanto, aspectos tanto positivos quanto negativos na globalização. No que concerne aos aspectos negativos há a referir a facilidade com que tudo circula não havendo grande controle como se pode facilmente depreender pelos atentados de 11 de Setembro nos Estados Unidos da América. Esta globalização serve para os mais fracos se equipararem aos mais fortes pois tudo se consegue adquirir através desta grande autoestrada informacional do mundo que é a Internet. Outro dos aspectos negativos é a grande instabilidade econômica que se cria no mundo, pois qualquer fenômeno que acontece num determinado país atinge rapidamente outros países criando-se contágios que tal como as epidemias se alastram a todos os pontos do globo como se de um único ponto se tratasse. Os países cada vez estão mais dependentes uns dos outros e já não há possibilidade de se isolarem ou remeterem-se no seu ninho pois ninguém é imune a estes contágios positivos ou negativos. Como aspectos positivos, temos sem sombra de dúvida, a facilidade com que as inovações se propagam entre países e continentes, o acesso fácil e rápido à informação e aos bens. Com a ressalva de que para as classes menos favorecidas economicamente, especialmente nos países em desenvolvimento, esse acesso não é "fácil" (porque seu custo é elevado) e não será rápido.


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Questionário Questionário Questionário Questionário
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1 - O que significa GLOBALIZAÇÃO?
2 - A globalização é processo novo ou antigo? Justifique a sua resposta.
3 - Quais as principais características da globalização?
4 - A globalização representa algum impacto para a sociedade?
5 - Globalização e Internet. Existe alguma relação entre elas? Justifique a sua resposta.
6 - A qualidade vida dos povos alterou com o processo da globalização? Justifique a sua resposta.
7 - Leia o item "Antiglobalização" do texto e dê a sua opinião à respeito.
8 - O que você achou dessa aula?
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Fortaleza - Ceará - Brasil


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Questionário
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1 - Qual a data de fundação da cidade de Fortaleza?

2 - Qual a sua extensão territorial (área)?

3 - Qual a sua população?

4 - Como é o seu clima?

5 - Qual a vegetação predominate?

6 - O que quer dizer PIB? Qual o PIB de Fortaleza em 2005?

7 - Cite os nomes de cinco pessoas ilustres nascidas em Fortaleza?

8 - Qual o primeiro hospital construído em Fortaleza? Quando foi inaugurado?

9 - Quais as cidades que integram a Região Metropolitana de Fortaleza?

10 - Quanto anos Fortaleza completou no último domingo?

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Fortaleza - Ceará - Brasil


Fortaleza

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.I.

Município de Fortaleza
Fortaleza
"Fortal"
Brasão de Fortaleza
Bandeira de Fortaleza
Brasão Bandeira
Hino
Aniversário 13 de abril
Fundação 1726
Gentílico fortalezense
Lema "Fortitudine"
Prefeito(a) Luizianne Lins (PT)
Localização
Localização de Fortaleza
03° 43' 01" S 38° 32' 34" O03° 43' 01" S 38° 32' 34" O
Estado Ceará
Mesorregião Metropolitana de Fortaleza
Microrregião Fortaleza
Região metropolitana Fortaleza
Municípios limítrofes Caucaia, Maracanaú, Itaitinga, Eusébio e Aquiraz
Distância até a capital 2.285 quilômetros
Características geográficas
Área 313,140 km²
População 2.431.415 hab. est. 2007
Densidade 7.748,3 hab./km²
Altitude 21 metros
Clima tropical
Fuso horário UTC-3
Indicadores
IDH 0,786 médio PNUD/2000
PIB R$ 19.734.557 mil (12º) IBGE/2005[1]
PIB per capita R$ 8.309,00 IBGE/2005

Fortaleza é a capital do estado do Ceará. Pertence à mesorregião Metropolitana de Fortaleza e à microrregião de Fortaleza. A cidade desenvolveu-se às margens do riacho Pajeú, no nordeste do país, a 2 285 quilômetros de Brasília.

Seu nome tem como referência o Forte Schoonenborch, construído pelos holandeses durante sua ocupação do local, em 1649. Batizada de Loira desposada do Sol, pelos versos do poeta Paula Ney, Fortaleza é quinta cidade mais povoada do Brasil[2] e o mais importante centro industrial[3] e comercial do Nordeste. No turismo[4] a cidade alcançou a marca de destino mais procurado no Brasil em 2004. É sede do Banco do Nordeste e do DNOCS.

A Região Metropolitana de Fortaleza tem cerca de 3.436.515 habitantes, sendo uma das dez maiores áreas urbanas do Brasil e está entre as três maiores do Nordeste. Seu aeroporto é o Aeroporto Internacional Pinto Martins. É por ele que chegam à cidade a maioria dos turistas. A cidade é a terra natal dos escritores José de Alencar e Rachel de Queiroz, do humorista Tom Cavalcante e do ex-presidente Castello Branco.

A cidade localiza-se no litoral do Estado, a uma altitude média de 21 metros, e é centro de um município de 313,8 km² de área e 2.431.415 habitantes sendo a capital de maior densidade demografica do país com 7.748,3hab/km².

História

Ver artigo principal: História de Fortaleza

O início da ocupação do território onde hoje se encontra Fortaleza data do ano de 1603, quando o português Pero Coelho de Sousa aportou na foz do Rio Ceará. Naquelas margens ergueu o Fortim de São Tiago e deu ao povoado o nome de Nova Lisboa. o português Martim Soares Moreno chegou em 1613, recuperando e ampliando o Fortim de São Tiago, e rebatizando o novo forte de Forte de São Sebastião. Em 1637 houve a tomada holandesa do forte São Sebastião. Em 1649 uma nova expedição holandesa no Ceará construiu, às margens do Riacho Pajeú, o Forte Schoonenborch, começando nesse momento, a história de Fortaleza, sendo responsável por seu início, o comandante holandês Matias Beck. Em 1654, com a retirada dos holandeses, o forte foi rebatizado de Fortaleza de Nossa Senhora de Assunção. Em 1726 o povoado do forte foi elevado à condição de vila. Em 1799 a a Província do Ceará foi desmembrada da Província de Pernambuco e Fortaleza escolhida capital.

Durante o Século XIX Fortaleza consolida a lideranca urbana no Ceará, fortalecida pelo surgimento da cultura do algodão. Com o aumento das navegações direto com a Europa é criada em 1812 a Alfândega de Fortaleza. Em 1824 a cidade se agita com a os revolucionários da Confederação do Equador. Entre os anos de 1846 e 1877 a cidade passa por um período de enriquecimento e melhoria das condições urbanísticas com a exportação do algodão e a execução de diversas obras, tais como a criação do Liceu do Ceará e o Farol do Mucuripe em 1845, Santa Casa de Misericórdia em 1861, Seminário da Prainha em 1864, Biblioteca Pública em 1867 e a Cadeia Pública e em 1870 teve início a construção da Estrada de Ferro de Baturité. Nas décadas de 1870 e 1880 houve movimentos abolicionistas e republicanos que culminaram na libertação dos escravos no Ceará, em 25 de março de 1884. O movimento literário Padaria Espiritual surgido em 1892 foi pioneiro na divulgação de idéias modernas na literatura no Brasil. Outras entidades da época foram o Instituto do Ceará e a Academia Cearense de Letras respectivamente fundadas em 1887 e 1894.

Orla de Fortaleza na década de 1980 a partir da praia do Mucuripe. Nesta década começaram as construções os primeiros prédios na orla.
Orla de Fortaleza na década de 1980 a partir da praia do Mucuripe. Nesta década começaram as construções os primeiros prédios na orla.

No século XX Fortaleza passa por grandes mudanças urbanas, entre melhorias e o êxodo rural, e cresce muito chegando ao final da década de 1910 sendo a sétima cidade em população do Brasil. Em 1954, é criada a primeira universidade na cidade, a UFC. Entre as décadas de 1950 e 1960 a cidade passa por um crescimento econômico que supera 100% e começa a ocupação de bairros mais distantes do centro. Ao final dos anos 70 começa a despontar como um futuro pólo industrial do Nordeste com a implantação do Distrito Industrial de Fortaleza. Durante a abertura política após o Regime Militar o povo elegeu a primeira mulher prefeita do Ceará, Maria Luiza e a primeira prefeitura comandada por um partido de esquerda. No final do século a administração da prefeitura e a cidade passam por diversas mudanças estruturais com a abertura de várias avenidas, hospitais, espaços culturais e despontando como um dos principais destinos turísticos do Nordeste e do Brasil.

Geografia e meio ambiente

Vista do Parque do Cocó.
Vista do Parque do Cocó.

O meio ambiente de Fortaleza tem características semelhantes às que ocorrem em todo o litoral do Brasil. O clima é quente com temperatura anual média de 26,5°C. A vegetação predominante é de mangue e restinga tendo o Parque Ecológico do Cocó como a maior área verde da cidade. Seu relevo tem altitude média de 21 metros e o maior rio é o Cocó.

Clima

Apesar de estar inserida no clima semi-árido, sua localização modifica esta realidade por estar entre serras próximas fazendo com que as chuvas de verão ocorram com mais freqüência na cidade e em torno do que no resto do Estado. A temperatura média anual é de 26°C, sendo dezembro e janeiro os meses mais quentes e julho o mais frio, porém com diferenças mínimas de temperatura. A média pluviométrica é de 1600mm aproximadamente, sendo que as chuvas se concentram entre fevereiro e maio.

Sem ter as estações do ano, tem-se apenas a época chuvosa (chamada localmente de "inverno"), de janeiro a julho e a seca de agosto a dezembro. O mês mais chuvoso é abril (348 mm) e o mais seco é novembro (13 mm). Com a maior parte do solo arenoso, a agricultura tornou-se de pouco expressão econômica e já na década de 1990 toda a extensão do município foi considerada área urbana.

Vegetação

Os contrastes mostram as construções em roxo ou róseo claro, as vias em tons de azul escuro, quase preto, e as áreas verdes.
Os contrastes mostram as construções em roxo ou róseo claro, as vias em tons de azul escuro, quase preto, e as áreas verdes.

A vegetação de Fortaleza é tipicamente litorânea com áreas de mangue e restinga. As áreas de restinga encontram-se nas proximidades das dunas ao sul da cidade e perto da foz dos rios Ceará, Cocó e Pacoti. Nos leitos destes rios a mata predominante é a de mangue. Estas matas estão protegidas por lei e formam a maior área verde da cidade. Infelizmente essas leis não são cumpridas como deveriam e constantemente é possível ver novas construções perto dos rios. A ponte construída sobre o Rio Ceará alterou a paisagem natural e atualmente uma mesma intervenção ameaça o manguezal do Rio Cocó. O Rio Cocó e seu leito formam a maior área de mangue de Fortaleza formando o "Parque Ecológico do Cocó", localizado a centro-leste de Fortaleza. São 1.155,2 hectares de área verde. Ao norte está localizada a foz do rio Cocó e ao sul a área de Mangue do rio Pacoti. Nas demais áreas verdes da cidade já não existem mais a vegetação nativa, constituindo-se ela de vegetação variada com árvores frutíferas em grande parte.

Hidrografia

Fortaleza tem várias lagoas e rios. Entre as lagoas as maiores e mais importantes são a da Parangaba, conhecida por sua feira de variedades; a da Messejana onde se encontra a maior estátua de Iracema de Fortaleza; e as do Opaia, Maraponga e Porangabussu, que são importantes pólos de lazer da cidade.

O Rio Cocó deságua em um manguezal que cria uma das paisagens ecológicas mais belas de Fortaleza.
O Rio Cocó deságua em um manguezal que cria uma das paisagens ecológicas mais belas de Fortaleza.

Fortaleza é cortada por dois rios e alguns riachos. O rio Ceará desemboca na praia da Barra do Ceará, mas não passa por dentro da cidade. O rio marca a divisa com o município de Caucaia onde existe a Área de Proteção Ambiental do Estuário do rio Ceará com características de mangue. O rio Maranguapinho é o maior afluente do rio Ceará. Nasce na Serra de Maranguape, com extensão de 34 quilômetros dos quais 17 estão dentro de Fortaleza. O riacho Pajeú é historicamente o córrego em que se assentou a cidade. Restam somente duas áreas verdes às margens do rio: a primeira por trás da antiga sede da prefeitura, no centro, e a segunda próxima à administração da Câmara de Dirigentes Lojistas — CDL de Fortaleza. O rio Cocó é o mais importante rio de Fortaleza. Perto de sua foz foi criado em 1989 e ampliado em 1993 o Parque do Cocó. Esta é a área verde mais importante da cidade. Um de seus afluentes é o rio Coaçu que deságua junto da foz do Cocó. O Coaçu faz a divisa de Fortaleza com o Eusébio em uma área na qual o leito do rio forma a maior lagoa de Fortaleza, a lagoa de Precabura. O rio Pacoti faz a divisa de Fortaleza com Aquiraz, as margens com seus manguezais formam hoje a Área de Proteção Ambiental do rio Pacoti.

Litoral

Vista da Praia do Meireles.
Vista da Praia do Meireles.
Estátua de Iracema na Lagoa da Messejana.
Estátua de Iracema na Lagoa da Messejana.

O litoral de Fortaleza tem uma extensão de 34 quilômetros com um total de 15 praias. Tem como limites a foz dos rios Ceará ao norte e Pacoti ao sul. Outros rios e riachos que desaguam no litoral cearense são: Riacho Pajeú, Riacho Maceió e o Rio Cocó. A Praia da Barra do Ceará é a praia que faz o limite de Fortaleza com a cidade de Caucaia localizada ao norte. Tem esse nome por ser a foz do rio Ceará. O local tem muita importância para a história da cidade porque foi o primeiro lugar onde o açoriano Pero Coelho de Sousa fez uma incursão em 1603 construindo o Fortim São Tiago. A Praia de Iracema tem uma das noites mais agitadas com seus bares e alguns prédios históricos como a Igreja de São Pedro, o Estoril e a Ponte Metálica além de galerias de arte e o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. Também é local da prática de surfe e pesca. Na Praia do Meireles encontra-se a avenida "Beira Mar" que vai até o Mucuripe. Nela está a principal concentração de hotéis da cidade. O Clube Náutico é um marco desta praia. Acontece em frente deste clube, todos os dias, a feira de artesanato mais conhecida da cidade. A Volta da Jurema é o local mais nobre do litoral de Fortaleza. O Mucuripe é famoso por sua comunidade de pescadores e pela composição de Raimundo Fagner que retrata a jangada e o jangadeiro. Todos os dias, à tarde e de manha cedo, é possível ver a partida e a chegada dos pescadores. Tem um movimentado mercado de peixes e mariscos. Nele também existe a mais antiga estátua de Iracema e Martim da cidade, inaugurada em 1965. Logo depois do Mucuripe fica a Praia do Titãzinho que é famosa pela prática do surfe que revelou talentos como "Tita" e "Fabinho". A Praia do Futuro é uma das mais visitadas pelos turistas. Tem uma longa extensão ocupada por muitas "barracas" que são restaurantes especializados em frutos do mar. Um evento típico de Fortaleza é a Caranquejada todas às quintas-feiras. O Parque Estadual Marinho da Pedra da Risca do Meio fica distante do Porto do Mucuripe cerca de 10 milhas náuticas, ou 50 minutos.

Demografia

Crescimento Populacional de Fortaleza
Ano Habitantes
1726* 200
1777 2.874
1808* 9.624
1813 12.810
1859* 16.000
1865 19.264
1872 42.458
1887* 27.000
1890 40.902
1900 48.369
1910 65.816
Ano Habitantes
1920 78.536
1930 126.666
1940 180.901
1950 270.169
1960 514.818
1970 842.702
1980 1.308.919
1990 1.766.794
2000 2.138.234
2005* 2.374.944
2006* 2.416.920
2007* 2.458.545
(*) Estimativa Fonte - IBGE

Uma das principais causas do crescimento demográfico de Fortaleza ao longo de sua história foi o período de secas no interior e a conseqüente fuga para a cidade, o êxodo rural, assim como a busca por melhores condições de emprego e renda. A população de Fortaleza enquanto entidade administrativa, vila nos tempos do Brasil colônia, é estimada em 200 habitantes. O primeiro ponto discrepante do crescimento populacional de Fortaleza se deu entre 1865 e 1872 quando teve início a construção da Estrada de Ferro de Baturité. Por demandar uma grande mão-de-obra a população da cidade crescia com a economia. Em 1877 outra seca fez uma grande quantidade de flagelados migrarem para Fortaleza e entorno. Migrações repetiram-se ainda nas secas de 1888, 1900, 1915, 1932 e 1942. Nestas três últimas datas foram instalados campos de concentração no interior para evitar a chegada de retirantes à capital, contudo bairros de alta densidade demográfica como o Pirambu e outras regiões da periferia têm seus processos de formação diretamente ligados com as migrações de camponeses seduzidos pelas promessas da modernidade da maior urbe do Ceará.

Em 1922 Fortaleza atingiu sua primeira centena de milhar de habitantes com a anexação dos municípios de Messejana e Parangaba que hoje são bairros importantes da cidade. Parangaba era uma cidade com população superior a 20.000 habitantes uma vez que era a primeira estação antes de Fortaleza, o que a fez receber uma grande quantidade de retirantes das secas.

Nos primeiros anos da Ditadura Militar houve em Fortaleza diversas mudanças que fizeram da cidade pólo de indústrias. No primeiro governo de Virgílio Távora (1963-1966) teve início a implantação do Distrito Industrial de Fortaleza (DIF I). Uma década depois, Fortaleza já contava com quase um milhão de habitantes quando foram criadas no Brasil as Regiões Metropolitanas em 1973 passando a cidade a constituir-se em uma delas. Em 1983 o DIF I passou a integrar o território do novo município de Maracanaú que, tão logo foi criado, passou a fazer parte da Região Metropolitana de Fortaleza.

Vista de uma das áreas de risco, a chamada "cidade de deus" em Fortaleza.
Vista de uma das áreas de risco, a chamada "cidade de deus" em Fortaleza.

Na década de 1980 Fortaleza ultrapassa Recife em termos populacionais, tornando-se a segunda cidade mais populosa do Nordeste com 1.308.919 habitantes. Ao longo das últimas décadas do século XX a cidade foi "inchando" cada vez mais até atingir mais de dois milhões de habitantes no ano 2000. Com uma população atual estimada em 2.458.545 habitantes, Fortaleza é a 4ª cidade mais populosa do Brasil, atrás de São paulo,Rio de janeiro e Salvador.

Favelas e áreas de risco

Hoje, cerca de um terço da população de Fortaleza mora em favelas.[5] As frequentes secas no interior do estado do Ceará agravam o problema da favelização. Existem favelas em quase todos os bairros da cidade. No início da década de 1980 existiam 147 favelas e em 2003 o número aumentou para 722.[6], O controle de Defesa Civil tem priorizado o levantamento de informações das chamadas "áreas de risco" que são locais propensos a sofrerem alagamento e inundações nos períodos chuvosos. Um levantamento realizado em 2002 pela prefeitura considerou que 92 áreas faveladas estavam em situação de risco abrigando um total de 17.078 famílias.[7].

Estrutura e planejamento urbano

Uma das primeiras plantas do arquiteto Adolfo Herbster.
Uma das primeiras plantas do arquiteto Adolfo Herbster.

A primeira planta de Fortaleza datada do ano de 1726 é atribuída ao capitão-mor Manuel Francês. No desenho é notável a forca, o pelourinho, o forte e a igreja. O português Antônio José da Silva Paulet fez o primeiro desenho do que seria a atual configuração das ruas do Centro em 1818. Foi ele também o arquiteto da reforma da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção iniciada em 1812 e concluída em 1821.

Em 1859 o arquiteto pernambucano Adolfo Herbster fez a primeira planta detalhada e precisa de Fortaleza. Na planta de 1875 ele esboça a continuação de ruas e avenidas para a expansão da cidade. Os bulevares que circundam o Centro formam a principal característica desta planta: atuais avenidas Duque de Caxias, Dom Manuel e Imperador. Herbster consolidou o plano de Paulet de organizar o traçado das ruas em xadrez que continua sendo a principal característica das expansões que se seguiram.

Vista da Avenida Santos Dumont.
Vista da Avenida Santos Dumont.

Durante todo o século XX vários planos de desenvolvimento urbano foram propostos para a cidade, mas não tiveram grande impacto no desenvolvimento dela de modo definitivo, estando a especulação imobiliária sempre à frente das iniciativas do poder público. O primeiro deles foi o Plano de Remodelação e Extensão de Fortaleza de 1933 do urbanista Nestor de Figueiredo durante o governo de Raimundo Girão. Suas principais propostas eram a implantação de um sistema radial concêntrico de vias principais e o zoneamento urbano tendo por base as diretrizes da Carta de Atenas. Sua proposta não foi aprovada pelo Conselho Municipal levando a suspensão do seu contrato em 1935.

O plano seguinte foi elaborado por Sabóia Ribeiro entre 1947 e 1948 na administração de Acrísio Moreira da Rocha. O Plano Diretor para Remodelação e Expansão de Fortaleza de Sabóia propunha a divisão da malha urbana em bairros demarcados por cintas de avenidas; implantação de parques urbanos e um sistema viário com avenidas radiais caracterizando a cidade como "radial-perimetral"; a elaboração de código urbano dentre outros elementos; mudanças no traçado do sistema ferroviário; projetos específicos para alguns bairros e implantação de um centro cívico no entorno do riacho Pajeú.

Entre os anos de 1962 e 1963 o urbanista Hélio Modesto, contratado pela administração do prefeito Cordeiro Neto, elaborou o seu Plano Diretor de Fortaleza mantendo as propostas anteriores de um sistema viário radial e com recuos dos prédios e soluções de cruzamentos; uso e ocupação específica para o centro com a implantação de terminais de transporte; implantação de pólos por bairro concentrando atividades comerciais, serviços, institucionais e de recreação; uso e ocupação específicos para bairros industriais e a regulamentação do parcelamento do solo.

Centro da cidade, e aeroporto. Imagem aérea da NASA.
Centro da cidade, e aeroporto. Imagem aérea da NASA.

O Plano de Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana de Fortaleza (PLANDIRF) foi elaborado no governo do prefeito José Walter entre os anos de 1969 e 1971 por um consórcio de empresas e sua principal característica era o desenvolvimento integrado de Fortaleza em conjunto com as cidades vizinhas, mesmo antes da implantação da regiões metropolitanas no Brasil. Previa a integração da gestão urbana em seus múltiplos aspectos; zoneamento com a introdução do conceito de corredor de atividades e um programa de obras viárias com um horizonte máximo para o ano de 1990.

Em 1975 o Plano Diretor Físico foi elaborado pela Coordenadoria de Desenvolvimento Urbano de Fortaleza com base no PLANDIRF e em um levantamento aerofotogramétrico de 1972 no governo do prefeito Vicente Fialho. O plano criava quatro zonas residenciais diferenciadas; zonas de adensamento comercial e residencial; zonas industriais; zona especial de praia; zonas especiais de preservação paisagística e turística; áreas de uso institucional; áreas de renovação urbana; e um plano viário hierarquizado classificando as vias como expressas, arteriais, coletoras e locais.

Avenida Beira Mar na década de 1980 antes da urbanização para a feira de artesanato.
Avenida Beira Mar na década de 1980 antes da urbanização para a feira de artesanato.

Já no final do século XX, em 1992 no governo de Juraci Magalhães, foi lançado o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Fortaleza - PDDU-FOR. Seu planejamento gerou metas para 20 anos com a remodelação do trânsito e novas vias, ordenamento urbano e áreas para lazer. Durante a prefeitura de Luiziane Lins ocorre uma revisão do Plano Diretor, a qual contempla a participação da sociedade e da Câmara de Vereadores.

Em 2007, foi elaborado um plano diretor de geoprocessamento da prefeitura municipal de Fortaleza visando definir as plataformas tecnológicas necessárias para a implantação do Cadastro Técnico Multifinalitário com base num projeto de Geoprocessamento Corporativo.

Energia, água e esgoto

A quase totalidade da energia consumida em Fortaleza é fornecida pelas hidrelétricas da Chesf e distribuída pela COELCE. Em Fortaleza existem duas unidades de produção de energia sendo uma experimental de produção de energia eólica próxima ao Porto do Mucuripe e a outra de gás natural. O primeiro sistema de abastecimento de água da cidade foi inaugurado em 29 de setembro de 1866, utilizando as fontes do Sítio Benfica. Atualmente o abastecimento de água de Fortaleza é feito pela Cagece e atende a 96,42% da população beneficiando 559.911 famílias. O engenheiro João Felipe projetou o primeiro sistema de esgotos da capital em 1911 que começou a funcionar em 1927. Atualmente opera uma rede de 4.579.227 metros.[8]

Economia

Vista da Avenida Santos Dumont, principal eixo de expansão econômica cidade para a área leste.
Vista da Avenida Santos Dumont, principal eixo de expansão econômica cidade para a área leste.
Ver artigo principal: Economia de Fortaleza

Em 2005 o PIB de Fortaleza foi de 19.734.557.000,00 de reais, com um aumento nominal relativo ao ano anterior de mais de 4 bilhões. No ano de 2004, de acordo com o IBGE, o PIB foi de 15.797.377.000 reais. Esse total representa 47,5% do PIB do Ceará e 0,89% do Brasil. Dentre as capitais do Nordeste, Fortaleza possui o segundo maior PIB, sendo superado apenas por Salvador.

O comércio diversificado é o maior gerador de riquezas da economia de Fortaleza. A principal área de comércio continua sendo o bairro Centro reunindo o maior número de estabelecimentos. A Avenida Monsenhor Tabosa é outro corredor comercial importante, próxima ao pólo turístico da Praia de Iracema, bem como a Avenida Gomes de Matos no bairro Montese. Os vários shoppings, dentre os maiores: Iguatemi, North Shopping, Aldeota, Del Paseo, Benfica são importantes áreas de comércio e entretenimento.

A produção de calçados, produtos têxteis, couros, peles e alimentos, notadamente derivados do trigo, além da extração de minerais, são os segmentos mais fortes da indústria em Fortaleza. Em 2004 foram contados pelo IBGE um total de 7.860 unidades industriais. A Petrobras tem a LUBNOR instalada em Fortaleza que é a menor refinaria da estatal, mas que tem subprodutos de alto valor agregado como lubrificantes finos. Dentre as grandes empresas de alimentos do Brasil as maiores do mercado de massas e farinhas são de Fortaleza: M. Dias Branco e J. Macedo. No segmento da indústria naval o estaleiro INACE é um dos mais importantes fabricantes de iates do Brasil com sede em Fortaleza. É ainda sede de grandes empresas de transporte como a Companhia Ferroviária do Nordeste e a Expresso Guanabara.

No mercado financeiro Fortaleza é a sede do Banco do Nordeste. O Banco Central do Brasil tem uma unidade descentralizada em Fortaleza, assim como a Bovespa. Outros bancos que foram extintos como o BANCESA, Banfor e o BEC que foi incorporado pelo Bradesco tiveram suas sedes na cidade. Foi sede do BICBANCO e do BMC. Em 2005, de acordo com o IBGE, a cidade contava com 152 agências de instituições financeiras.

Vista panorâmica de Fortaleza
Vista panorâmica de Fortaleza

Administração

Mapa da divisão dos bairros e das Secretarias Executivas Regionais.
Mapa da divisão dos bairros e das Secretarias Executivas Regionais.
Vista da Av Eng Santana, Jr, vê se o Parque do Cocó e Centro Comercial Iguatemi.
Vista da Av Eng Santana, Jr, vê se o Parque do Cocó e Centro Comercial Iguatemi.

A administração municipal executiva de Fortaleza é exercida pela prefeita Luizianne Lins auxiliada por meio de ação regionalizada executada em conjunto pelas seis Secretarias Executivas Regionais (SER) e pelo legislativo na figura dos 41 vereadores da Câmara Municipal de Fortaleza que fiscaliza o executivo e discute as leis no âmbito municipal. O número total de pessoas ocupadas diretamente na administração em 2005 foi de 24.592 pessoas.[9] Em 2006 está sendo cogitada a criação de mais uma regional e de uma gerência especial para o bairro Centro da cidade. Oficialmente a cidade é dividida em 114 bairros, sendo o mais importante o Centro, e percorrida por 11.339 ruas e avenidas. A partir do ano de 2005 foi implantada na cidade a gestão participativa que possibilita uma efetiva participação da população. O projeto encontra-se ainda em fase de implantação, melhorias e adaptações. O poder legislativo é dividido entre os quarenta e um vereadores eleitos para períodos de quatro anos.

Capital do Ceará

Fortaleza é a capital do estado desde que o Ceará se tornou uma capitania independente em 1799. O bairro Cambeba abriga o centro administrativo de mesmo nome que concentra a sede da maioria das secretarias de governo e outras instituições administrativas. Hoje torna-se emblemático o Palácio Iracema, como é chamada a sede do Gabinete do Governador Centro administrativo Bárbara de Alencar, que historicamente foi no antigo Clube Iracema, situado na Praça dos Voluntários, então cedido para Paço Municipal (onde está instalada a Secretaria Municipal de Finanças).

Como sede do governo do estado do Ceará, Fortaleza é também sede regional de diversas instituições do governo federal como o Banco do Nordeste e o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). A Base Aérea de Fortaleza é um importante marco da aviação militar durante a Segunda Guerra Mundial que junto com a Capitania dos Portos do Ceará e o Comando da décima Região Militar são as instituições militares presentes em Fortaleza. A Cruz Vermelha e a Unicef também estão presentes em Fortaleza.

[editar] Justiça e segurança pública

Posto policial no Parque do Cocó.
Posto policial no Parque do Cocó.

Fortaleza é sede do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará que tem jurisdição sobre todo o território do estado. O fórum da comarca de Fortaleza é o Fórum Clóvis Beviláqua que abriga quase todas as varas de justiça da comarca. A cidade é dividida ainda por seis zonas cartoriais sendo uma de registro de imóveis. A Polícia Militar do Ceará tem várias companhias e postos de patrulhamento na capital sendo Fortaleza a sede da instituição de vários grupos e escolas da Polícia Militar. A Polícia Civil divide a cidade em 24 distritos policiais. A Guarda Municipal de Fortaleza também é uma instituição que complementa as atividades de Segurança Pública em Fortaleza. Seu atual contingente chega a mais de mil agentes e até o final de 2007 alcançará um total de mais de dois mil.

O governo do estado implantou em Fortaleza um sistema conhecido por Centro Integrado de Operações de Segurança (CIOPS), que congrega Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros. Os CIOPS também são chamados de Distritos Modelos ou Distritos Pólos.

Estatísticas

De acordo com estatísticas do Ministério da Justiça realizada no ano de 2001, Fortaleza era a 20ª colocada em ocorrências de violência e criminalidade à época sendo a quinta maior capital do Brasil — atrás somente de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Belo Horizonte. No Nordeste ficava em segundo lugar entre as capitais com o menor número de ocorrências. No caso de homicídios dolosos — ocorrência grave e que funciona como termômetro para medir a criminalidade — Fortaleza está na 16ª colocação entre as demais capitais, com 23,9 casos para 100 mil habitantes, ocupando a sexta posição no Nordeste.

Cultura e sociedade

Ver artigo principal: Cultura de Fortaleza
O Farol do Mucuripe é um dos marcos da cidade.
O Farol do Mucuripe é um dos marcos da cidade.

A vida cultural de Fortaleza é diversificada e fecunda. Muitos artistas, entre escritores, pintores e cantores utilizam os palcos e as praças mais movimentadas da cidade para divulgar o que ela tem de mais sensível. Vários teatros, sendo o mais importante o Theatro José de Alencar, são palco das obras mais relevantes da cultura local e universal. O Museu do Ceará e o Museu de Fortaleza, no Farol do Mucuripe guardam os artefatos mais relevantes da memória fortalezense. As instituições mais relevantes e de maior passado histórico ainda presentes na vida da cidade são a Academia Cearense de Letras e o Instituto do Ceará ambas tendo sido criadas no final do século XIX por nomes importantes como Capistrano de Abreu e Farias Brito. O Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CDMAC) é atualmente o principal espaço cultural de Fortaleza. Neste centro existem museus, teatro, um planetário, cinemas e espaços para apresentações públicas de cantadores, poetas, bandas e demais espetáculos. Fica no entorno de uma das áreas de fundação de Fortaleza com um patrimônio arquitetônico ainda preservado remanescente do tempo da economia do algodão. O Passeio Público de Fortaleza é um dos patrimônios culturais e paisagísticos da cidade, praça onde foram fuzilados os revolucionários cearenses da Confederação do Equador. A Casa de Juvenal Galeno é outra importante instituição cultural de Fortaleza que leva o nome de um dos mais importantes poetas nascido na cidade, Juvenal Galeno.

Imagem do Baobá do Passeio Público de Fortaleza. No local foram fuzilados os revolucionários da Confederação do Equador.
Imagem do Baobá do Passeio Público de Fortaleza. No local foram fuzilados os revolucionários da Confederação do Equador.

As festas populares mais importantes são as que envolvem a Igreja Católica, dentre elas o Carnaval que em Fortaleza é comemorado com desfiles de escolas de samba e de Maracatu, a da padroeira Nossa Senhora da Assunção, em 15 de agosto, as festas juninas, e outras datas tradicionais. O Fortal, micareta no final de julho, junto com o Ceará Music no mês de outubro são os eventos musicais mais populares. A tradição musical de Fortaleza remonta ao compositor Alberto Nepomuceno, um dos fundadores da música orquestral brasileira. O Conservatório Alberto Nepomuceno é uma das principais escolas de música da cidade. A MPB tem alguns colaboradores fortalezenses tais como Fagner, Ednardo, Belchior e Amelinha. O forró é o gênero musical mais popular com várias casas de show pela cidade, mas outros estilos musicais também têm vida movimentada com bandas locais como rock e suas várias vertentes, blues, jazz, samba, hip hop cujo maior expoente nacional é o MH2O do Brasil (maior organização do gênero em atividade no país) e outros estilos contemporâneos.

O artesanato cearense tem em Fortaleza seu principal mercado e vitrine. Na cidade existem vários lugares específicos para a venda de produtos artesanais tais como: Central de Artesanato do Ceará (CEART); Centro de Turismo (EMCETUR); Feira de Artesanato da Beira-Mar; Mercado Central de Fortaleza; Pólo Comercial da Avenida Monsenhor Tabosa. A diversidade do artesanato encontrado em Fortaleza é grande, sendo mais característicos os oriundos do couro, garrafas coloridas, cerâmica, cestarias e trançados, rendas de bilro entre outros. A rede de dormir também é bastante procurada nos mercados de artesanato.

A Estação João Felipe é um dos marcos arquitetônicos da Fortaleza.
A Estação João Felipe é um dos marcos arquitetônicos da Fortaleza.

O patrimônio arquitetônico está concentrado no centro da cidade. Apesar de distante do centro, a Casa de José de Alencar é um patrimônio de grande valor histórico e cultural. A Casa foi o primeiro bem tombado de Fortaleza no ano de 1964 por uma lei federal. Além da casa onde nasceu um dos maiores escritores do Brasil, Fortaleza possui ainda outras obras arquitetônicas como o Cine São Luiz onde todos os ano acontece o festival de cinema Cine Ceará e o prédio da Estação João Felipe, ponto de partida da estrada de ferro construída na seca de 1877. A Praça do Ferreira é outro importante marco de Fortaleza, sendo esta praça o principal palco das manifestações sociais, pois foi em seus cafés do final do século XIX que surgiram movimentos abolicionistas, republicanos e literários como a Padaria espiritual. Ela é palco também do surgimento do humor cearense e da idéia do Ceará Moleque com o festival de mentiras do dia 1 de abril e o "Cajueiro da Mentira". Tom Cavalcante e Wellington Muniz são alguns representantes nacionais deste humor fortalezense.

Turismo e Relações Internacionais

Um dos principais brinquedos do Beach Park, o Insano, o maior toboágua da América Latina.
Um dos principais brinquedos do Beach Park, o Insano, o maior toboágua da América Latina.

Fortaleza é um dos destinos turísticos mais procurados do Brasil alcançando a marca de destino mais procurado do país pela ABAV nos anos de 2004/2005.[4] As principais atrações são o parque temático Beach Park que recebe uma média de 500 mil visitantes por ano,[10] o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, a Av Beira Mar com sua feira de artesanato, a Praia de Iracema e o famoso Pirata Bar[11] e a Praia do Futuro com suas "barracas" de praia. A cidade tem recebido um número cada vez maior de turistas estrangeiros a cada ano especialmente de Portugal, Itália e França, dentre outros.

Na orla marítima de Fortaleza se localizam os principais meios de hospedagem da cidade e também muitos restaurantes e atrações turísticas, com destaque para as barracas de praia e parques aquáticos, clubes, boates e casas de shows. Segundo o IBGE, a cidade abrigava em 2004 mais de 4 mil unidades locais de empresas de alojamento e alimentação. A cidade dispõe ainda de vários consulados que dão assistência ao turista estrangeiro.

Na estrutura de apoio ao turismo, o Governo do Estado e a prefeitura realizam eventos e incentivam e colaboram para a divulgação de outros, com especial destaque para o turismo de eventos e negócios. Em 2007 surgiu uma parceria entre governos para a construção de um novo centro de convenções. Existem na cidade diversos pontos de informação turística, com destaque para os localizados no aeroporto, rodoviária, calçadão da Av. Beira Mar e no Centro Cultural Dragão do Mar. Na Praia de Iracema existe um posto policial especializado para o turista estrangeiro.

Gastronomia

A gastronomia de Fortaleza é tipicamente nordestina ressaltando-se pratos típicos como o baião de dois com churrasco de carneiro ou carne-de-sol. Frutos do mar são outro ingrediente de pratos típicos da cozinha fortalezense tais como moqueca de arraia, peixadas de cavala e pargo. Outro fruto do mar bastante degustado é o caranguejo. Todas as quintas-feiras é tradição comer uma "caranguejada", caranguejo cozido com molhos. O camarão também é uma iguaria bem degustada em pratos como o "arroz de camarão" ou "bobó de camarão". No Mercado do Mucuripe é possível comprar uma infinidade de pescados que podem ser preparados em restaurantes vizinhos. O mais comum é comprar-se camarão e prepará-lo "ao óleo" ao entardecer dos finais de semana.

Os pólos gastronômicos da Varjota, Praia de Iracema e a Avenida Beira Mar são os locais com maior diversidade de restaurantes de cozinhas diversificadas de várias nacionalidades com ênfase para a árabe, francesa, chinesa, japonesa, italiana, alemã, portuguesa, espanhola e suíça alem de pizzarias, churrascarias, lanchonetes, cozinhas contemporânea e regional. Outro pólo gastronômico fica no sul de Fortaleza na divisa com Eusébio nas tapioqueiras, um centro de vendas com vários restaurantes especializados no preparo desta que é uma das comidas típicas do Nordeste, a tapioca.

Esporte e lazer

Ver página anexa: Estádios de Fortaleza
O estádio Castelão é o maior de Fortaleza.
O estádio Castelão é o maior de Fortaleza.

O lazer cotidiano de muitos fortalezenses é a caminhada ou cooper ao amanhecer ou ao entardecer nas praças das áreas residenciais. As academias de musculação e ginástica também são numerosas. Alguns dos eventos mais destacados são a Meia Maratona de Fortaleza, que comemora o aniversário da cidade, e a Maratona Pão de Açúcar de Revezamento que ocorre em julho.

O esporte mais popular, assim como no resto do Brasil, é o Futebol. O Campeonato Cearense tem seus principais jogos em Fortaleza. Os principais times da cidade são: Ceará, Fortaleza e Ferroviário. Em 2007 os dois primeiros disputarão a Série B do Campeonato Brasileiro. Os principais estádios de Fortaleza são o Estádio Plácido Castelo mais conhecido como "Castelão" e o Presidente Vargas mais conhecido como "PV".

A maioria dos clubes esportivos mantém o futebol como principal atividade esportiva, mas apóiam alguns outros esportes como o futebol de salão, voleibol e basquetebol entre outros. Os esportes de praia também são bastante praticados como o surfe, Windsurf, vela, sandboard, triatlon, mergulho e kitesurf entre outros. Várias etapas de competições nacionais e internacionais destas modalidades ocorrem em Fortaleza. Fortaleza é sede da Confederação Brasileira de Futebol de Salão.

A cidade tem várias escolas e academias de lutas e artes marciais com destaque para o judô, aikido, capoeira e wushu entre outras. O automobilismo é praticado em pistas de kart em diversos lugares da cidade e no Autódromo Internacional Virgílio Távora que fica na cidade do Eusébio a menos de dez quilômetros de Fortaleza. Alguns esportes menos populares estão começando a surgir na capital do Ceará como é o caso do Futebol americano, Críquete e o Golfe que estão sendo praticados por pequenos grupos apoiados por federações desportivas de outros estados e por clubes locais. Para quem gosta de animes, mangás, HQ's, RPG's etc, em meados de julho acontece no Centro de convenções Edson Queiroz a Super Amostra Nacional de Animes.

A Columbofilia é outro esporte que tem se desenvolvido e se expandido. Provas de grande dificuldade técnica tem diferenciado das demais do Brasil, devido as áridas condições naturais de trajeto e longos percursos nas etapas finais.

A Praça Portugal é o local onde várias "tribos" se encontram para jogar um pouco de conversa fora, principalmente "otakus"(fans da animação e gibi nipônico) e outros. Na região onde se localiza é famosa pelos grandes shoppings ao redor, pelo movimento de pessoas e carros é por ser uma zona mista de residências de alto padrão e comércio de luxo, localizada entre bairros famosos como Aldeota e Meireles.

Educação, ciência e tecnologia

Planetário Rubens de Azevedo, importante ferramenta de divulgação científica da cidade.
Planetário Rubens de Azevedo, importante ferramenta de divulgação científica da cidade.

Em Fortaleza existem várias instituições de pesquisa e desenvolvimento tecnológico como a FUNCAP, FUNCEME, ROEN - o maior radiotelescópio do Brasil e a Embrapa "Agroindústria Tropical", dentre outras. O campus do Pici, da Universidade Federal do Ceará, é um dos lugares que mais concentra instalações de pesquisa e desenvolvimento tecnológico em Fortaleza, incluindo a Embrapa, Nutec, Padetec e vários laboratórios e cursos das áreas de tecnologia como um dos "Centros Nacionais de Processamento de Alto Desempenho". No bairro Cidade dos Funcionários também existe outro pólo de desenvolvimento tecnológico voltado para a tecnologia da informação abrigando o Insoft e o Intituto Atlântico e a sede da FUNCAP. A sede da divisão regional do Instituto Nacional da Propriedade Industrial para o Norte e o Nordeste fica na capital cearense. A formação de mestres e doutores conta com 95 cursos sendo 23 de doutorado, todos aprovados pela CAPES.

Ensino fundamental e médio

Fortaleza é um importante centro educacional tanto no ensino médio como superior, não só do estado do Ceará, mas também da porção Norte e Nordeste do País. A cidade é sede ainda de duas importantes escolas de ensino médio federais: Colégio Militar de Fortaleza e CEFET-CE, instituições bem avaliadas pelo Exame Nacional do Ensino Médio. Outra importante instituição de ensino público é o Liceu do Ceará, colégio mais antigo do estado, que é uma das bases para o ensino médio profissionalizante do Governo do Estado. O número de matriculados no ensino fundamental em 2005 foi 413.435 e no ensino médio foi 152.936. Outras escolas também se destacam no cenário nacional como grandes "doadoras" de alunos para as mais difíceis universidades do país, como o Instituto Tecnológico da Aeronáutica e o Instituto Militar de Engenharia. São elas: Colégio 7 de Setembro, Farias Brito, Ari de Sá, Christus, Santa Cecília, Colégio Batista Santos Dumont dentre outros.

Ensino superior

Por ser a capital do Estado do Ceará, Fortaleza é sede dos primeiros cursos de nível superior fundados no estado. O primeiro curso fundado foi o de Direito, com a fundação em 1903 da Faculdade de Direito do Ceará. Depois disso, foram fundados outros cursos (como Farmácia e Odontologia, em 1916), os quais foram unidos para a fundação da primeira universidade de Fortaleza e também do Ceará: a Universidade do Ceará em 1954, que mudou posteriormente de nome, chamando-se Universidade Federal do Ceará. Atualmente Fortaleza dispõe de 31 instituições de ensino superior, sendo as universidades mais famosas: CEFET-CE,Universidade Federal do Ceará, Universidade Estadual do Ceará e Universidade de Fortaleza, e as demais, cursos agrupados ou isolados. O total de matrículas no ensino superior em 2004 foi 74.657.

Saúde

O primeiro hospital de Fortaleza foi a Santa Casa de Misericórdia inaugurado em 1861 com 80 leitos, que hoje conta com 455 leitos. Em 2005 a cidade contabilizava 8.138 leitos hospitalares distribuidos entre 70 estabelecimentos de internação. Dentre os princiapis hospitais merecem destaque: o Instituto Doutor José Frota, mais conhecido como IJF, que é o maior hospital de emergência da cidade sendo administrado pela prefeitura; O Hospital Geral de Fortaleza é o maior hospital público sendo administrado pelo governo do estado e dentre alguns privados tem destaque os hospitais São Mateus, Antônio Prudente, Unimed, Monte Klinikum e o SARAH-Fortaleza.

O Programa de Saúde da Família - PSF é um serviço cujo objetivo é aproximar profissionais da saúde e cidadãos, mudando a concepção sobre a atenção em saúde, tendo como missão o cuidado e o acompanhamento integral das famílias. Em 2006 existem 200 equipes trabalhando e para suprir a demanda é necessário mais 260 equipes. Complementando o atendimento popular, em Fortaleza existem duas unidades da Farmácia Popular do Brasil que é uma política do Ministério da Saúde para ampliar o acesso de toda a população aos medicamentos.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU em Fortaleza recebe de 80 mil a 100 mil chamadas por mês e cerca de seis mil atendimentos são realizados mensalmente. O serviço está sob a responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde sendo um programa do governo federal criado com a finalidade de atender pessoas em situação de emergência. A secretaria conta atualmente com três ambulâncias UTIs e 16 unidades básicas.[12]

Atualmente Fortaleza projeta um futuro de referência no ensino e estudo da medicina com a criação de mais dois cursos de medicina, o da Unifor, com início em 2006 e o da Faculdade Christus tendo iniciado em 2005. A Universidade Estadual do Ceará também criou recentemente seu curso de medicina. O melhor e mais antigo é o da Universidade Federal criado em 1948 contando com uma estrutura hospitalar de ensino completa, tendo o Hospital Universitário Walter Cantídio e a Maternidade Escola Assis Chateubriant.

Transportes

Transporte coletivo

Vista aérea da saída de Fortaleza pela BR-116.
Vista aérea da saída de Fortaleza pela BR-116.

O sistema de transportes coletivo de Fortaleza é regulamentado pela Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza S.A (ETUFOR), órgão da prefeitura, e é fiscalizado pela Autarquia Municipal de Trânsito (AMC), Serviços Públicos e Cidadania. O transporte coletivo realizado por ônibus em Fortaleza é denominado de Sistema Integrado de Transportes (SIT-FOR). Sua operação teve início em 1992. O sistema proporciona ao usuário a opção de deslocamento através da integração física e tarifária em Terminais de Integração. A rede de linhas do SIT-FOR é baseada em dois tipos de linhas: as que fazem a integração bairro-terminal e as que integram o terminal ao centro da cidade ou ainda a outro terminal.

Fortaleza possui atualmente sete terminais integrados (Antônio Bezerra, Papicu, Parangaba, Lagoa, Siqueira, Messejana e Conjunto Ceará) e dois terminais abertos (Coração de Jesus e Estação). Cerca de 850 mil passageiros por dia utilizam os terminais fechados, através de 218 linhas de ônibus regulares (157 ligadas aos terminais integrados e 61 não integradas). São 25 empresas operantes com uma frota de 1.623 ônibus.

Fortaleza possui também um dos mais modernos sistemas de controle e monitoramento do tráfego urbano do país, o CTAFOR, que além de dispor de uma central de tráfego que monitora grande parte da cidade através de um sistema de 30 câmeras de CFTV, dispóe também de um sistema de 20 Painéis de Mensagens variáveis (PMV) dispostos nos principais corredores de tráfego da cidade para orientar os motoristas e usuários das condições do tráfego e das melhores opções de rotas para a melhoria da fluidez do tráfego. Além disso, 210 dos mais de 500 semáforos da cidade são considerados semáforos inteligentes que são controlados e monitorados pela central de tráfego do CTAFOR, com mudanças em tempo real nos tempos dos semáforos variando conforme a demanda e composição do tráfego,contribuindo para a melhoria da fluidez do tráfego de grande parte da área urbana de Fortaleza.

Metrô

Mapa do sistema que será o Metrofor.
Mapa do sistema que será o Metrofor.

O metrô de Fortaleza (Metrofor) é um importante sistema de transporte coletivo da Região Metropolitana que liga Fortaleza e mais outras três cidades. Suas linhas têm raízes no antigo sistema da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) em Fortaleza e está passando por uma adaptação para atender aos parâmetros do sistema metroviário. Atualmente estão em operação 22 estações: 13 na linha sul e oito na linha oeste além da estação central. Com a entrada em operação do metrô serão implantadas mais 14 estações, três delas serão subterrâneas. No entanto, este ainda não está concluído, com sua obra bastante conturbada devido a problemas de administração municipal, estadual e federal. As obras do metrô foram incluídas no PAC e estão previstas para conclusão em 2010. Uma nova linha já faz parte do plano do metrô e, se Fortaleza for confirmada uma das sedes da Copa do Mundo de 2014, deverá estar pronta até a data do evento esportivo.

Ferrovias

O sistema Ferroviário de Fortaleza está integrado modalmente ao Porto de Fortaleza. Sua história remonta ao ano de 1870 quando começou a ser planejado e implantado. Atualmente é de competência da Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN) e está interligado à rede nacional de ferrovias.

Aeroporto

Vista da Avenida Engenheiro Santana Junior em Fortaleza
Vista da Avenida Engenheiro Santana Junior em Fortaleza

O Aeroporto Internacional Pinto Martins está situado no centro geográfico de Fortaleza. Passou por uma reforma completa em 1998 quando então passou a ser classificado como Internacional. Com esta ampliação sua capacidade chegou aos dois milhões e meio de passageiros por ano. É a principal "porta de entrada" de Fortaleza para o turismo.

Porto

O porto de Fortaleza está localizado na enseada do Mucuripe e é um porto artificial. O cais tem 1.054 metros de extensão. Tem uma plataforma de atracação exclusiva para petrolíferos. Sua área de armazéns tem seis mil metros quadrados e mais de 100 mil metros quadrados de pátio para contêineres. Possui ainda dois moinhos de trigo e está interligado ao sistema ferroviário por um extenso pátio de manobras.

Com o Porto ao fundo podem-se ver as torres eólicas à esquerda e navios atracados no centro assim como os moinhos de trigo. Na direita da foto as embarcações pesqueiras e jangadas do Mucuripe.
Com o Porto ao fundo podem-se ver as torres eólicas à esquerda e navios atracados no centro assim como os moinhos de trigo. Na direita da foto as embarcações pesqueiras e jangadas do Mucuripe.

Referências

Notas

Bibliografia

  • ADERALDO, Mozart Soriano. História Abreviada de Fortaleza e Crônicas sobre a cidade amada. Fortaleza: Edições UFC, 1993.
  • AZEVEDO, Miguel Ângelo. Cronologia Ilistrada de Fortaleza. Fortaleza; Programa editorial da Casa de José de Alencar, 2001.
  • CHAVES, Gylmar; VELOSO, Patricia; CAPELO, Peregrina (Organizadores). Ah, Fortaleza!. Fortaleza: Terra da Luz Editorial, 2006. ISBN 85-88112-04-3
  • CASTRO, José Liberal. Fatores de Localização e de Expansão da Cidade de Fortaleza. Fortaleza: Editora UFC, 1977.
  • ESCÓSSIA, Fernando Melo de. Guia cultural: quatro vezes Fortaleza. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2000. ISBN 85-86375-61-6
  • Instituto de Planejamento do Município. Síntese Diagnóstica do Município. Fortaleza: Prefeitura Municipal, 1998.
  • LOPES, Marciano. Royal Briar: A Fortaleza dos anos 40. Fortaleza: Gráfica Editora Tiprogresso, 1988.
  • PONTE, Sebastião Rogério. Fortaleza Belle Époque. Fortaleza: Fundação Demócrito Rocha/ Multigraf Editora LTDA, 1993.
  • SILVA Filho, Antonio Luiz Macêdo e. Fortaleza: imagens da cidade. Fortaleza: Museu do Ceará, 2001.
  • SOUZA, Simone de; NEVES, Frederico de Castro (organizadores). Fortaleza:História e Cotidiano — Comportamento. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2002. ISBN 85-75290-95-9
  • SOUZA, Simone de; NEVES, Frederico de Castro (organizadores). Fortaleza:História e Cotidiano — Intelectuais. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2002. ISBN 85-75290-98-3
  • SOUZA, Simone de; NEVES, Frederico de Castro (organizadores). Fortaleza:História e Cotidiano — Gênero. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2002. ISBN 85-75290-97-5
  • SOUZA, Simone de; NEVES, Frederico de Castro (organizadores). Fortaleza:História e Cotidiano — Seca. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2002. ISBN 85-75290-96-7
  • VIEIRA Jr., Antonio Otaviano. Entre o futuro e o passado: Aspectos urbanos de Fortaleza (1799-1850). Fortaleza: Museu do Ceará, 2005. ISBN 85-88828-29-4

Ligações externas