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Gripe A (H1N1) ou Gripe Suina



Tire suas dúvidas e previna-se
(fonte: Portal da Saúde - www.saude.gov.br)

1. O que é influenza?

Também conhecida como gripe, a influenza é uma infecção do sistema respiratório cuja principal complicação são as pneumonias, que são responsáveis por um grande número de internações hospitalares no País. A doença inicia-se com febre alta, em geral acima de 38ºC, seguida de dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça e tosse seca. A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de três dias. Os sintomas respiratórios como a tosse e outros, tornam-se mais evidentes com a progressão da doença e mantêm-se em geral por três a quatro dias após o desaparecimento da febre. É uma doença muito comum em todo o mundo, sendo possível uma pessoa adquirir influenza várias vezes ao longo de sua vida. É também freqüentemente confundida com outras viroses respiratórias, por isso o seu diagnóstico de certeza só é feito mediante exame laboratorial específico.

2. Resfriado e influenza (gripe) são a mesma coisa?

Não. O resfriado geralmente é mais brando que a gripe e pode durar de 2 a 4 dias. Também apresenta sintomas relacionados ao comprometimento das vias aéreas superiores, como congestão nasal, secreção nasal (rinorréia), tosse e rouquidão. A febre é menos comum e, quando presente, é de baixa intensidade. Outros sintomas também podem estar presentes, como mal-estar, dores musculares (mialgia) e dor de cabeça (cefaléia). Assim como na influenza, no resfriado comum também podem ocorrer complicações como otites, sinusites, bronquites e até mesmo quadros mais graves, dependendo do agente etiológico que está provocando a infecção. Os principais agentes infecciosos do resfriada comum são os Rhinovírus (com mais de 100 sorotipos), os Coronavírus, os vírus Parainfluenza (principalmente o tipo 3), o Vírus Sincicial Respiratório, os Enterovírus e o Adenovírus.

3. Existem outras doenças que podem ser confundidas com a influenza?

Sim, além do resfriado comum, a rinite alérgica é uma das doenças que mais se confundem com a gripe. Na rinite alérgica ocorrem sintomas como espirros, congestão e corrimento nasal. Existem duas formas de rinite alérgica: uma sazonal (em determinadas épocas do ano) e uma que dura o ano todo, podendo ser contínua ou intermitente. A rinite alérgica não é acompanhada de febre. Porém, isso pode acontecer quando ela estiver associada a uma infecção.

4. Qual o agente causador da influenza humana?

Um vírus. São conhecidos 3 tipos de vírus da influenza: A, B e C. Esses vírus são altamente transmissíveis e podem sofrer mutações (transformações em sua estrutura genética), sendo que o tipo A é mais mutável que o B e este mais mutável que o tipo C. Os tipos A e B causam maior morbidade (doença) e mortalidade (mortes) que o tipo C. Geralmente as epidemias e pandemias (epidemia em vários países) estão associadas ao vírus do tipo A. O tipo C não tem importância clínica nem epidemiológica.

5. Como a influenza humana é transmitida?

A influenza humana pode ser transmitida:
- de forma direta:, através das secreções das vias respiratórias de uma pessoa contaminada ao falar, espirrar, ou tossir; ou
- de forma indireta: por meio das mãos que, após contato com superfícies recentemente contaminadas por secreções respiratórias de um indivíduo infectado, podem carrear o agente infeccioso diretamente para a boca, nariz e olhos.

A transmissão direta inter-humana (ou seja, de pessoa-a-pessoa), é a mais comum, mas já foi documentada a transmissão direta do vírus de aves e suínos para o homem.

O período que uma pessoa pode transmitir a doença (transmissibilidade) é de 2 dias antes até 5 dias após o início dos sintomas.

6. Como o vírus da influenza existe na natureza?

Os vírus existem naturalmente em diversas espécies animais, como aves (especialmente as aquáticas, como os patos), mamíferos e herbívoros. Em geral, os vírus são específicos de cada espécie animal e só raramente se observa transmissão cruzada entre espécies diferentes, como da ave para o homem, por exemplo. No entanto, o porco pode se infectar tanto com vírus humanos como com vírus de aves.

As aves silvestres, principalmente as aves migratórias, podem se infectar sem apresentar sintomas. São chamadas de reservatórios naturais do vírus e propiciam sua disseminação entre os continentes, representando um elemento importante na cadeia de transmissão da influenza aviária. No entanto, o vírus da influenza já foi identificado em outras aves como marrecos, maçaricos, gaivotas, garças, pardelas, cisnes, tecelões, cacatuas, tentilhões , além das aves domésticas (galinha, peru, faisão, ganso, codorna, avestruz) e, menos freqüentemente, em passarinhos, periquitos, papagaios e em aves de rapina como o falcão.

7. Quais são os sintomas da influenza humana?

Os primeiros sintomas costumam aparecer cerca de 24 horas depois do contágio, e podem ser:
· febre geralmente (>38ºC);
· dor de cabeça;
· dor nos músculos;
· calafrios;
· prostração (fraqueza);
· tosse seca;
· dor de garganta;
· espirros e coriza
· Podem apresentar ainda pele quente e úmida, olhos hiperemiados (avermelhados) e lacrimejantes. As crianças podem apresentar também febre mais alta, aumento de linfonodos cervicais (gânglios no pescoço), diarréia e vômitos.

8. A influenza humana é uma doença grave?

Geralmente a influenza é uma infecção auto-limitada, ou seja, evolui para cura completa devido a reação do próprio organismo humano à ação do vírus. No entanto, a influenza pode causar doença grave em idosos, pessoas portadoras de doenças crônicas (como diabetes, câncer, doenças crônicas do coração, dos pulmões e dos rins), pessoas imunodeprimidas, gestantes no 2° e 3° trimestres de gravidez e recém-nascidos. Essas pessoas são consideradas grupos de maior risco para apresentar complicações da influenza, como a pneumonia, e podem precisar de atenção hospitalar quando adoecem.

9. Existe vacina para prevenir a influenza humana ou suas complicações?

Sim. O Ministério da Saúde do Brasil, a partir de 1999, vem realizando campanhas anuais de vacinação contra a influenza para os idosos com idade de 60 anos ou mais, geralmente no mês de abril. Esta vacina faz parte do calendário de vacinação da população indígena e também é disponibilizada nos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE) de cada Estado, para uso dos indivíduos que pertencem aos grupos de risco acima apontados.

A composição da vacina varia a cada ano, de acordo com os tipos de vírus da influenza que estão circulando de forma predominante em ambos nos hemisférios Norte e Sul.

10. Qualquer pessoa pode tomar a vacina contra a influenza?

Sim, a partir dos seis meses de idade e desde que não tenha alergia a ovo (uma vez que esta vacina é produzida em ovos de galinha). No entanto, a política de vacinação contra a influenza atualmente adotada pelo MS é direcionada para os grupos de maior risco de desenvolver as formas graves e complicações da doença.

11. Qual a duração da proteção conferida pela vacina contra a influenza?

A vacina protege por um ano. Entretanto o vírus da gripe é capaz de mudar suas características com muita freqüência, por isso a cada ano é necessário que se tome uma nova vacina.

12. Pode-se ter gripe mesmo estando vacinada contra influenza?

Sim, porque a vacina protege contra os três tipos de vírus que anualmente fazem parte da sua composição e porque, entre os idosos, sua proteção não é de 100%. Mesmo assim, a vacinação diminui a gravidade da gripe e, portanto, as chances de complicações e óbitos.


13. Existem medicamentos disponíveis para prevenção e tratamento da influenza humana?

Sim. Apesar de o tratamento da influenza não complicada ser realizado com medicações sintomáticas, repouso, hidratação e alimentação leve, nas situações em que há indicação médica podem ser utilizadas duas classes de drogas, os bloqueadores do canal M2 de envelope viral (amantadina e rimantadina) ou os inibidores da neuraminidase (oseltamivir e zanimivir). Há vantagens e desvantagens no uso de ambos os grupos de drogas, que devem ser avaliados pelo médico que fará as prescrições, quando necessário.

OBS: devido ao risco do aparecimento de algumas reações graves, é importante evitar o uso de ácido acetilsalisílico na vigência de quadros de influenza.

14. Existe tratamento para as complicações da influenza?

Sim. As principais complicações são as infecções bacterianas secundárias, principalmente as pneumonias. Em caso de complicações, o tratamento será específico, geralmente com antimicrobianos (antibióticos). Para tanto, é fundamental procurar atendimento nas unidades de saúde (postos/centros de saúde ou hospitais).

15. O que a população pode fazer para evitar a influenza?

Como medida geral de prevenção e controle de doenças de transmissão respiratória, recomenda-se

a) População em geral
- higiene das mãos com água e sabão (depois de tossir ou espirrar; depois de usar o banheiro, antes de comer, antes de tocar os olhos, boca e nariz);
- evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies;
- usar lenço de papel descartável;
- proteger com lenços a boca e nariz ao tossir ou espirrar, para evitar disseminação de aerossóis;
- orientar para que o doente evite sair de casa enquanto estiver em período de transmissão da doença (até 5 cinco dias após o início dos sintomas);
- evitar aglomerações e ambientes fechados (deve-se manter os ambientes ventilados);
- é importante que o ambiente doméstico seja arejado e receba a luz solar, pois estas medidas ajudam a eliminar os possíveis agentes das infecções respiratórias;
- restrição do ambiente de trabalho para evitar disseminação;
- hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, ingestão de líquidos e atividade física.

b) Cuidados no manejo de crianças em creches:
- encorajar cuidadores e crianças a lavar as mãos e os brinquedos com água e sabão quando estiverem visivelmente sujas;
- encorajar os cuidadores a lavar as mãos após contato com secreções nasais e orais das crianças, principalmente quando a criança está com suspeita de síndrome gripal;
- orientar os cuidadores a observar se há crianças com tosse, febre e dor de garganta, principalmente quando há notificação de surto de síndrome gripal na cidade; os cuidadores devem informar os pais quando a criança apresentar os sintomas citados acima;
- evitar o contato da criança doente com as outras. Recomenda-se que a criança doente fique em casa, a fim de evitar transmissão da doença;
- orientar os cuidadores e responsáveis pela creche que notifiquem a secretaria de saúde municipal caso observem um aumento do número de crianças doentes com síndrome gripal ou com absenteísmo pela mesma causa na creche;

c) Medidas específicas em situação de epidemia de influenza:
- Pessoas com condições clínicas graves da infecção ou suas complicações (pneumonia viral primária ou bacteriana, por exemplo), recomenda-se procurar tratamento médico-hospitalar. Para esses locais, recomenda-se a adoção estrita de medidas de biossegurança, conforme as orientações técnicas do MS.
- restringir visitas ao paciente, principalmente no período de transmissibilidade da doença (até 5 cinco dias após o início dos sintomas);
colocar máscaras no paciente, se possível, quando o mesmo for transportado;
- Avaliar a necessidade de suspensão temporária das atividades coletivas do grupo etário de crianças e pré-escolares, como forma de reduzir a transmissão ampliada da doença na comunidade.
- Cuidados adicionais com gestantes (2° e 3° trimestre) e bebês para evitar infecções secundárias (pneumonia), e parturientes para evitar transmitir a doença para o bebê:
o gestante:
::. buscar o serviço de saúde caso apresente sintomas de síndrome gripal;
::. na internação para o trabalho de parto, priorizar o isolamento se a mesma estiver com diagnóstico de influenza;
o parturiente:
::. após o nascimento do bebê, se a mãe estiver doente, usar máscara e lavar bem as mãos com água e sabão antes de amamentar e após manipular suas secreções; estas medidas devem ser seguidas até sete dias após o início dos sintomas da mãe;
::. a parturiente deve evitar tossir ou espirrar próximo ao bebê;
o bebê:
::. priorizar o isolamento em berçários
::. os profissionais e mães devem lavar bem as mãos e outros utensílios (mamadeiras, termômetros, etc);

- Além dessas recomendações outras medidas de controle e prevenção poderão ser adotadas, de acordo com a gravidade, extensão geográfica e magnitude do surto.

16. O que seria uma pandemia de influenza?

O termo pandemia significa uma epidemia em grandes proporções (tanto em número de pessoas envolvidas, quanto em área geográfica) que atinge diversos paises geralmente de forma simultânea, decorrente da existência de um grande número de pessoas susceptíveis à infecção por um novo vírus da doença.
Pandemias de influenza ou gripe já causaram graves danos durante toda história. No último século ocorreram pelo menos três grandes pandemias quem em poucas semanas causaram grande impacto na morbidade e mortalidade, afetando principalmente crianças e adultos jovens e provocando situações de ruptura social.

17. Onde obter mais informações?

Para outras informações, acessar os sites a seguir:

Ministério da Saúde
www.saude.gov.br

Secretaria de Vigilância em Saúde
www.saude.gov.br/svs

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
www.agricultura.gov.br

Agência Nacional de Vigilância Sanitária
www.anvisa.gov.br

Organização Mundial de Saúde:
www.who.int

Organização Mundial de Saúde Animal
www.oie.int

Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação
www.fao.org

disque saúde 0800 61 1997
Ministério da Saúde - Esplanada dos MinistériosBloco G - Brasilia / DF
CEP: 70058-900 - Fone: 3315-2425 - contato@saude.gov.br


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